O leitor atento e “sem-muitos-preconceitos” seguramente todos os dias lê algo edificante, útil.
Mas vez por outra, bem ocasionalmente mesmo, algo “destaca-se na multidão”, como o texto abaixo, extraído do bom site que acompanho Valores Reais, neste link.
Como você bem sabem, todos somos Corpo + Mente + Espírito e estes 3 componentes-nossos precisam estar bem ou não temos saúde de verdade, integral.
E quem conhece meu trabalho já sabe como cuidar BEM do corpo e da mente, com algumas dicas para o espírito – basta ler e seguir aqui.
Mas o texto baixo realmente ajuda a cuidar melhor ainda, abordando e explicando conceitos e comportamentos que decerto complementam muito bem o que eu disse no extenso material acessível pelo link acima.
Meu conselho, portanto?
Quem quer SAÚDE em todos os aspectos deve ler isto, sobre os Hábitos Saudáveis de Vida e o que posto abaixo!
Mas também o que segue abaixo. Boa leitura, reflexão e mudanças… Para melhor!
“Como seres humanos dotados de consciência sobre o passado, o presente e o futuro, praticamente a todo instante estamos fazendo reflexões. Vivemos o presente analisando constantemente o que nos ocorreu no passado, e aquilo que nos espera no futuro.
Em relação ao futuro, somos tomados por sentimentos de ansiedade, esperança, medos e coragem. É no futuro que residem nossos sonhos por se realizar, nossos projetos por se concretizar, nossos planos por se materializar. O futuro, em suma, é um livro ainda a ser escrito.
Quando refletimos sobre o passado, o que vem é uma mistura de sentimentos de gratificação e arrependimento. Pensamos sobre as coisas que realizamos bem, que realizamos mal, sobre situações que poderíamos ter feito melhor, mas, acima de tudo, muitas pessoas pensam sobre coisas que sequer realizaram – tendo tido condições de fazê-las.
E é nesse momento que surgem os inevitáveis “ses”: “se eu tivesse feito isso…”, “se eu tivesse feito aquilo…”, “se eu agisse daquela forma…” e assim por diante.
As pessoas que pensam assim acabam vivendo de frustrações, que as paralisam de agir no momento presente e que, por conseguinte, as impedem de formar um futuro melhor do que a soma de “presente + passado nebulosos”. Acabam vivendo apenas uma vida que poderia ter sido. E quantas pessoas você não conhece que estão exatamente nessa situação?
O contrário de viver uma vida “que poderia ter sido” não é simplesmente viver uma vida “que foi”, como se a mudança na conjugação do verbo “ser” fosse suficiente para mudar o paradigma de pensamento comportamento em relação às suas atitudes sobre sua própria vida.
Não.
É muito mais do que isso.
O contrário de viver uma vida que poderia ter sido é viver uma vida que se realizou. Que se materializou. Uma vida em que você foi capaz de transformar ideias abstratas em comportamentos concretos. Em que você converteu sonhos em realidade. Em que as ideias saíram da sua mente e foram para o nível físico de suas ações. Em que você saboreou seus desejos não apenas com a mente, mas também com o seu corpo, com suas emoções, e com seu espírito.
Tá, Guilherme, e como viver uma vida que se realizou, de modo que eu possa olhar para trás e, em vez de me lamentar, eu tenha mais motivos para me sentir gratificado sobre o que ocorreu no passado?
Siga essas 3 dicas abaixo.
1. Faça o exercício dos pulos.
Escrevemos pela primeira vez sobre essa técnica no artigo Não adicione à sua vida camadas que você não é capaz de suportar, e vamos repetir aqui o exercício, para você fixar bem na sua mente.
Pule 5 anos. Para frente. E para trás.
Faça um teste. Pule 5 anos. Vá para 2019.
Ao analisar seus últimos 5 anos, e vendo que, de 2014 a 2019, você se entupiu de coisas desnecessárias, e gastou seu tempo de modo fútil, com tarefas e compromissos que proporcionaram mais ônus que benefícios, como é que você reagiria?
Aliás, você não precisa fazer um mero exercício de imaginação. Você pode fazer um exercício olhando diretamente para a realidade que você construiu nos últimos 5 anos. Agora em maio, esse blog completará 5 anos, e talvez você seja um leitor antigo do blog, que começou a lê-lo lá pelos idos de 2009/2010.
Pare e analise sua vida de 2009 até 2014. Quais conquistas você obteve, a partir das camadas que você adicionou em sua vida? Gastar 148 minutos diários com listas de discussão por emails, comentários em blogs e fóruns, atualizações no Orkut, Facebook, Twitter, e Instagram, e mais 57 minutos diários com programas televisivos, e sites como BBB, Caras e Ego, efetivamente melhoraram sua vida? Nos últimos 5 anos:
– Seu casamento e seu relacionamento com seus filhos melhoraram?
– Sua carreira avançou?
– Seu patrimônio financeiro, de 2009 para 2014, aumentou conforme o esperado?
– Você diminuiu os gastos com taxas e tarifas bancárias e anuidades de cartões de crédito?
– Seu inglês melhorou?
– Seus níveis de saúde melhoraram, a ponto de poder afirmar que sua saúde agora em 2014 está mais forte e melhor do que em 2009?
– Você diminuiu seu peso e diminuiu também a quantidade de porcarias que você come?
– Você diminuiu o consumo de televisão?
– Você leu mais livros de qualidade?
– Você saiu mais com seus amigos? Ou, pelo contrário, só conseguiu atrair mais inimigos?
– Você está hoje no local onde imaginava que estaria, quando pensava sobre isso em 2009?
As respostas a essas perguntas fazem parte de seu passado. Elas não mudam. Sobre elas, você não pode fazer mais nada. O que se passou entre 17 de março de 2009 e 17 de março de 2014 foi obra sua. Você foi o responsável pelas camadas que você foi adicionando em sua vida nos últimos 5 anos.
Agora, faça as reflexões prospectivas. Pense daqui a 5 anos. O que você quer da sua vida entre hoje, 17 de março de 2014, e 17 de março de 2019? Quando chegar em 2019, o que você quer ter realizado nos últimos 5 anos, a partir de hoje?
– Você quer melhorar seus relacionamentos familiares?
– Você quer avançar na carreira?
– Você quer aumentar seu patrimônio financeiro?
– Você quer extirpar de vez esses gastos ridículos com taxas e tarifas bancárias e anuidades de cartões de crédito?
– Você quer melhorar seu inglês?
– Você quer estar mais forte, fisicamente, mentalmente, emocionalmente e espiritualmente, em 2019 do que hoje?
– Você quer chegar em 2019 mais vigoroso, mais forte e mais rápido?
– Você quer usar melhor seu tempo livre?
– Você quer ler mais livros de qualidade?
– Você quer sair mais com seus amigos, ou até descobrir novos amigos?
– Você quer estar, em 2019, no lugar que gostaria?
As respostas a essas perguntas, e a muitas outras, fazem parte de seu presente e de futuro. Elas mudam. Essa é a parte boa. As respostas mudam. Sobre elas, você pode fazer tudo. TUDO. T-U-D-O. O que se passará, entre hoje, 16 de março de 2014, e 16 de março de 2019, será obra sua. Você será o responsável pelas camadas que você mantiver, adicionar ou subtrair, em sua vida, nos próximos 5 anos.
Sugiro que você coloque seus sonhos no papel. Que você os escreva. Pegue um papel e uma caneta, e anote seus objetivos. Liste pelo menos 5 metas que você deseja obter até 2019. É uma coisa que chega a ser até curiosa, mas nos impulsionamos mais a agir quando vemos “com nossos próprios olhos” aquilo que delimitamos para nós mesmos. A escrita tem o poderoso efeito de, por algum modo, ativar nosso córtex pré-frontal, que, por sua vez, ativa os genes responsáveis pelo plano executivo de nossas ações corporais.
Ao escrever nossas metas no papel, gastamos mais energia no plano fisiológico, por meio do aumento do consumo de glicose pelo cérebro, e isso tem efeito sobre nossas atitudes no plano físico. Experimente.
Dito tudo isso em outros termos: você precisa ter metas específicas, palpáveis, delimitadas. Como disse David Allen no livro Gerencie sua mente, não seu tempo:
“O valor das metas futuras não reside na imagem do futuro que se cria na mente, mas sim na mudança que elas provocam no presente”.
Construir pontes para o futuro é uma das maneiras de viver uma vida que progressivamente vai se realizando, dia após dia, conforme eu escrevi no artigo 8 valiosas lições extraídas da rotina diária de Benjamin Franklin.
O que você fizer hoje só terá impacto no futuro se aquilo que você tiver feito hoje tiver valido a pena, olhando, no futuro, com os olhos voltados para o passado.
Veja que Benjamin Franklin todo dia se questionava, ao final do dia: o que eu fiz de bom hoje (what good have I done today)? E veja o legado que ele construiu.
Todo dia nasce como uma oportunidade única de fazer um você melhor amanhã, no ano que vem, daqui a 5 anos, daqui a 10 anos, daqui a 50 anos. O eu do futuro será o produto do eu que você resolveu ser e fazer hoje. Não desperdice o dia de hoje!
Alimentar-se corretamente e praticar exercícios físicos hoje é construir uma ponte para o futuro: é fazer um corpo (e mente) mais forte e mais saudável.
Estudar, trabalhar e poupar hoje é construir uma ponte para o futuro: é crescer intelectualmente, produzir um serviço ou bem de qualidade, e ter mais dinheiro amanhã e depois de amanhã.
O que quer que você faça, certifique-se de que isso tenha um impacto e uma conexão no futuro. Alguns (e tenho certeza que alguns leitores-comentaristas do blog são assim) vão mais além, e agem para construir verdadeiras pontes para a eternidade.
2. Evite os 5 arrependimentos mais comuns no leito da morte
Construir uma vida significativa não se resume apenas a realizar coisas importantes que você vê e acha que é importante, mas também em evitar se omitir em realizar coisas que (talvez) você não veja e ache que não é tão importante assim.
No artigo Tenha coragem de viver uma vida fiel ao que você é, e não a vida que os outros esperam de você, escrevemos sobre os 5 arrependimentos mais comuns no leito da morte, ao qual vamos repassar aqui novamente.
Trata-se de um relato de Bronnie Ware, enfermeira australiana, que acompanhou seus pacientes terminais durante as últimas 12 semanas de vida deles. Ela revelou, em seu blog, e mais tarde no livro The Top Five Regrets of Dying: A Life Transformed by the Dearly Departing, os 5 arrependimentos mais comuns entre os que estão no leito de morte.
Ao evitar esses 5 arrependimentos, você se certificará de que viveu uma vida da melhor maneira possível, isto é, uma vida que se realizou. Vamos ler esse depoimento?
“Durante muitos anos trabalhei dando assistência a pacientes terminais. Meus pacientes eram aqueles que voltavam para casa só para morrer, e com eles compartilhei momentos extremamente especiais. Eu passava com eles suas últimas três a doze semanas de vida.
As pessoas crescem muito quando se deparam com sua própria mortalidade. Aprendi a nunca subestimar a capacidade que as pessoas têm de crescer. Algumas mudanças eram fenomenais. Cada um desses pacientes sentia uma variedade de emoções: negação, medo, raiva, remorso, mais negação e por fim aceitação. Entretanto, todos os pacientes encontravam a paz antes de partirem, todos sem exceção.
Quando lhes perguntava se tinham algum arrependimento ou se fariam algo diferente em suas vidas, os assuntos eram sempre os mesmos. Os cinco principais seguem abaixo:
1. Eu gostaria de ter tido a coragem de viver uma vida fiel ao que eu sou, e não a vida que os outros esperavam de mim.
Este é o arrependimento mais comum. Quando as pessoas percebem que sua vida está quase no fim e olham abertamente para trás, é fácil perceber que muitos sonhos não foram realizados [olhe aí a vida que poderia ter sido…]. A maioria das pessoas não honrou nem a metade dos seus sonhos e morreu sabendo que era por causa das escolhas que fizeram, ou deixaram de fazer.
É muito importante tentar ou pelo menos honrar alguns de seus sonhos ao longo do caminho.
Quando você perder a saúde, será tarde demais. Só se percebe a liberdade que a saúde traz, quando já não a temos mais.
2. Eu gostaria de ter trabalhado menos.
Todos os pacientes do sexo masculino que eu acompanhei tinham esse arrependimento. Eles perderam o crescimento de seus filhos e o companheirismo do cônjuge.
As mulheres também citaram este arrependimento, mas como a maioria era de uma geração menos recente, muitas pacientes do sexo feminino não tinham sido chefes de família. Todos os homens que eu acompanhei se arrependeram profundamente de passar tanto tempo da sua vida com foco excessivo no trabalho. Ao simplificar o estilo de vida e fazer escolhas conscientes ao longo da vida, é possível que você não precise de um salário tão alto. Ao criar mais espaço em sua vida, você se torna mais feliz e mais aberto a novas oportunidades, que serão mais adequadas ao seu novo estilo de vida.
3. Eu gostaria de ter tido a coragem de expressar meus sentimentos.
Muitas pessoas suprimiram seus sentimentos para manter a paz com os outros, por isso, muitas desenvolveram doenças relacionadas à amargura e ao ressentimento que carregavam.
Como resultado, tiveram uma existência medíocre e nunca se tornaram realmente quem eram capazes de ser.
Nós não podemos controlar as reações dos outros. No entanto, mesmo que as pessoas reajam quando você muda a sua forma de ser e se expressa com honestidade, a sua relação entra em um nível mais elevado e saudável. Ou isso acontece, ou você se liberta de um relacionamento que não é saudável. Você ganha de qualquer maneira.
4. Eu gostaria de ter mantido contato com meus amigos.
Muitas vezes os pacientes terminais não percebiam os benefícios de ter antigos amigos por perto até a semana da sua morte, e nem sempre era possível encontrá-los. Muitos haviam se tornado tão centrados em suas próprias vidas que tinham deixado amizades de ouro se diluírem ao longo dos anos. Havia muito arrependimento por não dar atenção a essas amizades da forma que mereciam. Todos sentem falta dos amigos quando estão morrendo.
É comum que as pessoas que têm um estilo de vida agitado se esqueçam das amizades. Mas quando você se depara com a proximidade da morte, os detalhes físicos da vida caem por terra. As pessoas querem deixar as finanças em ordem, mas não é dinheiro, nem status, que tem importância real para elas. Querem deixar tudo em ordem para beneficiar as pessoas que amam, mas em geral, estão doentes e exaustas para gerenciar essas tarefas. No final das contas, tudo se resume ao amor e relacionamentos. Repito: tudo o que resta nos dias finais é amor e relacionamentos.
5. Eu gostaria de ter me deixado ser mais feliz.
Este arrependimento é surpreendentemente comum.
Muitos não perceberam, até o fim da vida, que a felicidade é uma escolha.
Eles haviam ficado presos em velhos padrões e hábitos. O chamado “conforto” com aquilo que é familiar sobrepujava suas emoções e a vida física. O medo das mudanças os faziam fingir para os outros e para si mesmos que eram felizes, enquanto lá no fundo ansiavam rir de verdade e ter uma certa loucura em suas vidas novamente.
Quando se está no leito da morte, pouco importa o que os outros pensam de você. Que maravilhoso poder relaxar e sorrir novamente, bem antes de morrermos.
A vida é uma escolha. É a SUA vida. Escolha com consciência, com sabedoria, com honestidade. Escolha ser feliz”.
3. Não deixe para amanhã aquilo que você pode fazer hoje.
A frase é, reconheço, “batida”, mas ela revela uma verdade poderosa: não procrastine. Essa dica número 3 traz o conteúdo do tema de hoje para o nível das ações concretas do dia-a-dia. Enquanto as dicas #1 (metas) e #2 (arrependimentos) focam a mudança de comportamentos no nível de “altitude de cruzeiro”, a 10 mil pés de altura, a dica #3 é essencialmente prática, focalizando a mudança de comportamento no nível de “pedestre no Google Maps”.
Não viver uma vida que poderia ter sido, mas sim viver uma vida que se realizou, não é apenas sobre conquistar um belo patrimônio, completar uma maratona, reunir-se com os amigos e a família para um churrasco todo final de semana, ou se aposentar com saúde para dar e vender. Viver uma vida que se realizou é muito mais do que isso.
É também lavar a louça assim que terminar de comer, concluir o estudo do livro antes da semana terminar, finalizar o projeto de trabalho sem aquela desculpa esfarrapada de “eu termino depois porque ainda tem tempo”.
Se você é bom em alguma coisa, você não espera o prazo se esgotar para realizar aquilo que tem de melhor. Pelo contrário, você exercita sua maior virtude sem dar tempo ao tempo.
E se você não se achar tão bom assim em alguma outra coisa, aja da mesma forma. Seja uma pessoa proativa, e não apenas reativa. Faça as coisas acontecerem, pois assim você melhora seus níveis de controle sobre sua própria vida.
Conclusão
Em última análise, viver uma vida que poderia ter sido significa viver uma vida que não se realizou.
Que não se materializou, em seus aspectos mais importantes.
Que não foi explorada em toda sua potencialidade (triste isso…)
Que não se completou.
Portanto, em vez de apenas se lamentar pelo que ocorreu (que jamais mudará), projete-se para o futuro (que sempre mudará).
Em vez de se apenas sonhar, mexa-se.
Em vez de só planejar, execute.
Mas, acima de tudo, em vez de viver uma vida que poderia ter sido, viva uma vida que se realiza, e prove para você mesmo que você é capaz de se reinventar a cada dia.
Créditos das imagens: Free Digital Photos”
Minha dica final? Acessem o original deste excelente e útil artigo no www.valoresreais.com : eu sou cadastrado para receber os e-mails deles e, usualmente, valem muito a pena!
Boa semana
Dr. Ícaro Alves Alcântara
www.icaro.med.br