HCG COMO COADJUVANTE NO TRATAMENTO DO SOBREPESO
Por Dr. Carlos Braghini
*** (Confira na íntegra no link original, no excelente site do Dr. Carlos Braghini: http://www.ecologiacelular.com.br/content/hcg_como_coadjuvante_no_tratamento_do_sobrepeso ) ***
I) UMA BREVE INTRODUÇÃO
O hormônio gonadrotófico coriônico ou hCG é produzido pelo embrião logo após a concepção e ajuda a preservar o corpo lúteo na fase inicial da gravidez. Alguns pesquisadores acreditam que ele é o responsável por dotar a grávida de uma imunidade extra nesta fase. Há uma lógica evolutiva: o importante é proteger a vida em desenvolvimento.
Outra coisa que chama a atenção é que seus níveis durante a gestação são altíssimos e não existem evidências de nenhum dano ao organismo materno.
Recebeu este nome em 1927 quando os pesquisadores descobriram que ele ajudava no amadurecimento das glândulas sexuais infantis dos animais do experimento. Hoje em dia, já sabemos que vários outros tecidos corporais respondem à ação hormonal e não apenas as gônadas.
Por conta disso, podemos utilizá-lo indistintamente, em homens e mulheres que experimentam vários efeitos visíveis sobre o metabolismo: aumento da energia sem a sensação de nervosismo, clareza de raciocínio, melhora na qualidade do sono e menor irritabilidade.
Pode parecer um tratamento novo, mas o primeiro a usar o HCG no manejo da obesidade foi um médico inglês, o Dr. A.T. Simeons. Seus estudos resultaram num trabalho publicado em 1954. Ele descobriu que muitas das desordens ligadas à alimentação têm um componente cerebral, mais propriamente no diencéfalo, onde estão os centros de controle da fome e saciedade, além do controle hormonal.
Simeons descobriu que, ao usar o hCG, os pacientes conseguiam perder peso, desde que associado a uma dieta de restrição calórica. E o mais importante: os pacientes conseguiam manter a dieta com menor sacrifício, sem dor de cabeça, dor muscular, fraqueza e irritabilidade, efeitos comuns a qualquer dieta restritiva.
Segundo Simeons, a tendência em acumular gordura anormalmente (quadril, abdome, glúteos e mamas) é uma desordem metabólica. Seus estudos mostraram que um dos efeitos dramáticos do uso do hCG é a remodelação do corpo, por eliminação desta gordura anormal.
Entretanto, quero chamar a atenção para o primeiro ponto que você deve considerar antes de escolher iniciar o tratamento: o hCG não é uma varinha mágica; não cura, nem elimina a obesidade. Entretanto, ele promove algumas alterações metabólicas que induzem à perda de peso rápida, mas torna este processo mais confortável para o paciente, facilitando a manutenção do peso após o tratamento e minimizando o chamado “efeito sanfona” (emagrece-engorda) típico das dietas convencionais.
Assim, não é o hCG que faz o paciente emagrecer, mas um conjunto de ações que incluem uma dieta que deve ser seguida à risca, sob pena de não se conseguir o efeito desejado.
II) COMO FUNCIONA?
Nossa gordura corporal pode ser dividida em três tipos: 1) a gordura de proteção, que preenche os espaços entre nossos órgãos internos impedindo que fiquem soltos e se choquem uns com os outros; 2) a gordura dedepósito, que mantém um estoque de energia para situações onde a ingesta de alimento seja menor do que o necessário para manter as funções corporais; e 3) uma gordura compartimentalizada, que não está disponível para o corpo, exceto em situações de crise.
Como você já pode imaginar é esta gordura inacessível que é o foco do problema. Se você já se perguntou como sobrevive alguém que faz jejum prolongado, seja voluntariamente (numa greve de fome) ou involuntariamente (após um soterramento), acabou de descobrir a resposta: é neste momento de crise que o corpo começa a utilizar a energia guardada no depósito de gordura compartimentalizada.
Aqui, entra a genialidade do Dr. Simeons. O hCG é um hormônio cuja função principal é proteger o feto durante a gravidez, mais precisamente, no início da gestação. Vou ilustrar o mecanismo por trás desta função com um exemplo pessoal: assim que minha mulher ficou grávida de minha filha mais nova, ele começou a ter os enjoos típicos da gravidez. Com isso, passou a comer menos do que o corpo necessitava e como resultado, perdeu 6kg nos dois primeiros meses. E terminou a gestação com apenas mais 2kg.
O que aconteceu? A baixa ingesta de alimentos sinalizou ao corpo que havia uma crise e que algo precisava ser feito para proteger a criança que estava sendo gerada. Assim, começou a retirar energia dos estoques de gordura, inicialmente a gordura prontamente disponível nos depósitos normais e, em seguida, a compartimentalizada e inacessível.
Quando se faz o tratamento com o hCG, em pequenas doses, acontece o mesmo efeito. Assim, com a dieta restritiva de calorias o corpo entra em crise e os mecanismos de queima da gordura anormal são ativados.
III) DIFERENÇAS DA DIETA NORMAL
Quem já tentou fazer uma dieta restritiva descobriu porque é difícil mantê-la por muito tempo: aumento na irritabilidade, fome, dores de cabeça, fraqueza…
Nas dietas hipocalóricas ou quando se usa anorexígenos (inibidores do apetite) não existe a proteção diencefálica, há perda de massa magra (músculos) e há maior produção de lixos metabólicos.
Com o hCG temos proteção do sistema nervoso central, menor perda muscular, menos lixo metabólico e a queima da gordura anormal, o que não ocorre nas dietas normais.
É por isso que as dietas restritivas têm pouco êxito: seus efeitos secundários são maiores, são mais difíceis de serem seguidas e seus resultados são menos duradouros.
Este é apenas um resumo da ação do hCG, pois a cada dia a ciência descobre outras ações sobre o metabolismo das gorduras.
IV) QUEM PODE SE BENEFICIAR?
Não existe limite de idade ou sexo e quase nenhuma contraindicação ao uso do hCG para o tratamento da obesidade. A tolerância ao protocolo é excelente e as maiorias dos pacientes realizam o tratamento por mais de uma vez. A perda de peso é sempre segura, agradável e cômoda para os indivíduos quando seguem meticulosamente a dieta.
Entretanto, qualquer desvio do protocolo pode trazer resultados pouco satisfatórios, inclusive os menores desvios podem ocasionar retrocessos indesejados.
O enfoque apropriado para o tratamento do excesso de peso pode incluir programas de mudança do estilo de vida, de hábitos alimentares etc. E será desenhado para cada caso em particular.
V) CUIDADOS A SEREM SEGUIDOS
Mulheres em uso de anticoncepcionais devem interromper seu uso e aguardar o próximo ciclo menstrual para iniciar o tratamento. Se no meio do tratamento a menstruação vier o tratamento é interrompido e retomado após um dado período.
Mulheres com ovário policístico, mioma uterino ou endometriose não podem usar HCG.
Pacientes com IMC maior do que 30 precisam de controle médico para evitar a formação de tromboembolismo.
Os pacientes são pesados semanalmente, assim como medidos os níveis de corpos cetônicos na urina (para controlar se a dieta está sendo seguida). A retenção hídrica também é avaliada semanalmente.
VI) COMO É FEITO O TRATAMENTO?
*** (continua no link original, no excelente site do Dr. Carlos Braghini: http://www.ecologiacelular.com.br/content/hcg_como_coadjuvante_no_tratamento_do_sobrepeso ) ***
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