Cada vez mais pessoas, incluindo crianças e adolescentes, têm apresentado transtornos psiquiátricos, e estima-se que até o ano de 2050, UMA EM CADA 2 PESSOAS TERÁ DEPRESSÃO. O problema é maior do que “parece”, sobretudo porque a maioria dos casos ainda é em pessoas que negam a existência do problema ou em pessoas que sofrem sem identificar e procurar abordar e tratar adequadamente (muitas vezes tratam a Depressão como se fosse outra coisa); ademais, a maioria das pessoas NÃO previne adequadamente transtornos como Depressão e Ansiedade, o que tem comprometido sobremaneira a Saúde Mental da maioria das pessoas.
VIDEOS SOBRE O ASSUNTO:
1 – Depressão – Aspectos atuais, uteis e fundamentais
2 – 14 Fatos Rápidos sobre DEPRESSÃO – Para ajudar na sua SAÚDE
3 – “Epidemia” de DEPRESSAO em adolescentes e adultos jovens: o que fazer?
4 – VIDEOS SOBRE ANTIDEPRESSIVO
5 – Para quem quer algo “mais rápido”, básico, sobre o assunto:
CASO CLINICO REAL
(Para exemplificar o que foi explicado acima)
Publico aqui esta troca de e-mails, datada de 2012 e com a permissão dos envolvidos, com o objetivo de auxiliar pessoas que enfrentem o mesmo problema.
Em 20/09/12, XXX escreveu:
Olá,
Sou de YYY e cheguei a trocar alguns tweets com você ontem. Sei que por questões éticas você está impedido de “consultar” à distância e a última coisa que quero é trazer-lhe qualquer tipo de problema neste sentido. Sou advogado e também tenho um código de ética e conduta rigoroso a respeitar. Contudo, ressalto que o caso que relatarei a seguir, já está sob acompanhamento de um médico, portanto, o que peço aqui seria apenas uma dica/conselho e não uma posição oficial de um profissional. Espero que possa me ajudar em algo.
Minha esposa está passando por uma aguda e profunda crise depressiva. Apresenta todos os sintomas clássicos de depressão grave (tenho lido bastante a respeito), incluindo tristeza, choro recorrente, taquicardia, pânico acordando assustada várias vezes durante a noite, sonolência durante o dia, perda de apetite, desesperança, falta de ânimo para tudo – principalmente continuar a viver, sente-se culpada por coisas que obviamente não é, sente-se incapaz de realizar coisas cotidianas, sente-se inferiorizada física e intelectualmente, diz frequentemente ter vontade de nunca ter existido e só não pensa em por fim a vida para não levar sofrimento a mim e aos seus familiares. Envergonha-se de estar passando por isto e não fala a respeito com ninguém. Apenas eu tenho sido se companheiro nesta luta diária. Ela me proibiu de contar inclusive para sua família porque não quer ser vista como uma fracassada e também teme pela saúde de sua mãe que eventualmente também sofre transtornos depressivos.
Ela iniciou no último dia 09/09 um tratamento medicamentoso prescrito por psiquiatra. Está tomando o antidepressivo Sertralina e concomitantemente, Diazepan, para conseguir dormir um pouco mais tranquila (ela reluta em tomar o Diazepan, mas nas noites que não toma é atormentada por insônia e acorda sempre aterrorizada). Os efeitos do antidepressivo ainda não vieram e pelo que li, pode demorar até 14 dias, não é mesmo?
Sei que não é elegante nem tão pouco correto pedir “conselhos médicos” por e-mail, mas o caso é desesperador e na minha ânsia por ajudá-la estou disposto a bater em todas as portas, mesmo que algumas não se abram.
Como sou o único do círculo social dela que sabe da doença, tenho feito um papel de psicólogo, sem contudo ter habilidade técnica para tanto. Tenho animá-la sem pressioná-la, demonstrar que os sentimentos/pensamentos confusos que ela tem tido são em função da doença e dado total apoio e carinho em abundância. Mas cheguei ao meu limite. Não sei mais o que fazer além disso.
Cada dia é uma nova luta. Ela trabalha em dois locais. Pela manhã, na prefeitura de uma cidade, onde é concursada e à tarde/noite em outra cidade numa drogaria (ela é farmacêutica). Os dois trabalhos são estressantes e podem ter sido o estopim que desencadeou a crise.
Ela fala que não está satisfeita com a vida, com a profissão que escolheu, que quer largar tudo e mudar de área, mas tenho dito a ela que neste momento o importante é se curar… que não é hora de tomar decisões tão importantes. Além disso ela faz uma pós graduação virtual que é cheio de metas e cobranças e isso tudo a deixa muito pressionada.
Ela tem uma resistência por psicoterapia. Já consultou com psicólogos quando teve uma crise semelhante há uns 4 anos atrás. Reclama que não faz diferença, que as pessoas ficam só querendo ouvi-la e que ele prefere alguém que fale com ela. Ainda terei que convencê-la a se submeter ao tratamento deste tipo, mas ela já disse num momento de mais calma que faria isso por mim.
Preciso ajudá-la. Preciso de sua ajuda. Preciso tentar todas as armas disponíveis.
Minha pergunta é: Existe algo mais que eu possa fazer para ajudá-la? Algum alimento que pode favorecer como coadjuvante do tratamento que ela já faz com o médico? Qualquer coisa. Eu imploro por ajuda/orientação.
Agradeço antecipadamente
XXX
Em 20 de setembro de 2012 10:16, Icaro, escreveu:
Olá XXX
Realmente não posso prescrever por aqui, por proibição do Conselho Federal de Medicina, mas permita-me algumas sugestões:
1 – Ela PRECISA de bom apoio psicológico
2 – Estimular a adoção e manutenção de lado religioso atuante pode ajudar
3 – Busque por depressão, ansiedade e mesmo pânico no meu site www.icaro.med.br – Há muito material lá que pode ajudar, sobretudo no que tange a neurotransmissores
4 – Acredito que a melatonina à noite possa ajudar
5 – Talvez algum “calmante natural”, como passiflorine e maracugina ajudem; também há o hypericum perforatum como alternativa aos antidepressivos convencionais
6 – Busque por alimentos que possam fornecer Triptofano, Tirosina, vitaminas do complexo B e Magnésio… devem ajudar. E acredito que uma planta chamada Mucuna Pruriens também deva ajudar, junto ao conceito de “adaptógenos”
7 – Quanto melhores forem os hábitos de vida da sua esposa, melhor será a recuperação dela (aliás, impossível a recuperação sem o máximo possível deles). Falo exaustivamente deles no meu site, sobretudo no artigo “A Base de Tudo”
8 – Sugiro dosagens hormonais completas, já que várias devem estar alteradas (e neste caso só antidepressivos não devem ajudar), a exemplo de progesterona, testosterona e DHEA
* Ressalto que tudo acima deve passar pelo crivo do médico e demais profissionais de saúde que venham a acompanhar sua esposa: são só sugestões, visando ajudar *
Bem… Agora você tem muito o que estudar por aí e desejo de coração sucesso para você e sua esposa; e saúde.
Abraço
Ícaro
Em 20/09/12, XXX escreveu:
Dr. Ícaro,
Agradeço profundamente sua ajuda.
Tentarei me informar ao máximo, seguindo as instruções iniciais que me forneceu e farei o que for possível para ajudá-la.
Espero voltar a contactá-lo para agradecer por ter sido decisivo na cura da minha esposa.
Sobre a questão religiosa, temos também tentado dar ênfase à este lado e entendemos que esta doença tem um forte caráter espiritual e que a força da fé pode ser um impulso para vencer este mal.
Que Deus o abençoe.
Grande abraço,
XXX
Em 20 de setembro de 2012 10:26, Icaro, escreveu:
Agora é com vocês e acredito que tudo o que orientei possa MESMO ajudar mas só se a maior interessada no sucesso de tudo, na sua cura, ajudar de verdade: sua esposa. Espero que ela colabore, portanto.
Um abraço
Ícaro
* Permite-me retirar os nomes e colocar tudo isto na seção de perguntas e respostas do meu site?
Em 20/09/12, XXX escreveu:
Sim. A cura passa necessariamente por ela. É difícil convencê-la disto neste estado de confusão e desordem mental, mas reafirmo isto todo dia e tenho fé que ela irá reagir.
Pode colocar o caso no site sim, desde que preservada nossa identidade. Pode ser útil para alguém que esteja passando pelo mesmo problema e nestas horas todos merecem encontrar auxílio.
Abraços,
XXX