Inflamação, Hepcidina e Carência de Ferro: O impacto no seu Corpo e saúde

Inflamação, dentro da abordagem ortomolecular e integrativa, é um mecanismo vital de defesa do organismo, porém se torna perigosa quando está em excesso ou de forma crônica subclínica.

Conceito de Inflamação

A inflamação é uma resposta natural do organismo para proteger e reparar tecidos diante de agressões como infecções, traumas ou toxinas. No contexto ortomolecular, entende-se que ela ocorre sempre que há desequilíbrios bioquímicos, deficiências nutricionais ou presença de agentes nocivos, e serve para eliminar, neutralizar e reparar danos celulares.

Função da Inflamação

A função principal da inflamação é promover a defesa imediata contra agressores e permitir a regeneração tecidual. Ela mobiliza o sistema imunológico, aumenta o fluxo sanguíneo local e desencadeia a liberação de mediadores químicos que contribuem para o combate a ameaças e para a recuperação do organismo.

Sinais de Inflamação

Os sinais clássicos da inflamação são:
✅ Calor (aumento de temperatura local)
✅ Rubor (vermelhidão)
✅ Tumor (inchaço)
✅ Dor
✅ Perda de função

Na perspectiva integrativa, sintomas como fadiga persistente, dores difusas, desconforto ou alterações hormonais podem refletir processos inflamatórios silenciosos ou subclínicos.

Por Que a Inflamação É Fundamental

A inflamação representa proteção e reparo. Sem ela, o corpo seria incapaz de combater invasores e restaurar tecidos lesados. Ela também é crucial para remover células mortas ou danificadas, evitar infecções e promover a cura.

Riscos da Inflamação Excessiva ou Crônica Subclínica

O perigo surge quando a inflamação persiste de modo crônico, especialmente em níveis subclínicos — ou seja, sem sintomas evidentes. Esse estado mantém o organismo em alerta constante, produzindo citocinas pró-inflamatórias que lesam órgãos e aceleram o envelhecimento, além de aumentar o risco de doenças como:
✅ Diabetes
✅ Doenças cardiovasculares
✅ Câncer
✅ Alterações cognitivas

A inflamação crônica subclínica é chamada de “ameaça silenciosa”, porque pode desencadear eventos graves, como infarto, sem sinais prévios visíveis, representando até 55% dos casos de morte súbita.

Abordagem Ortomolecular e Integrativa

Os preceitos ortomoleculares e integrativos recomendam:
✅ Avaliação individualizada do terreno biológico
✅ Identificação de desequilíbrios nutricionais e toxinas
✅ Correção de deficiências com nutrientes (vitaminas, minerais, aminoácidos, antioxidantes)
✅ Modulação do estilo de vida e estresse

Essas práticas visam restaurar o equilíbrio, prevenir inflamações crônicas e promover saúde e longevidade.

A questão aqui é simples: quanto mais inflamado estiver seu fígado, mais ele produz Hepcidina, um peptídeo que reduz a absorção de ferro no duodeno (parte do intestino) e diminui sua liberação pelas células que o armazenam no corpo. Em outras palavras, mesmo que você consuma ferro adequadamente na dieta, ingira-o em suplementos ou tenha um estoque razoável dele no corpo, se a inflamação for significativa, o ferro ‘não entra’ no seu corpo e/ou não chega às suas células (onde mais importa) como deveria. Isso leva aos sintomas de carência de ferro. Além disso, é importante destacar alguns aspectos sobre esta questão: o ferro é essencial para muitas funções no organismo, como crescimento, reparo, produção de proteínas, transporte de oxigênio, funcionamento dos nervos, entre outros, mas sobretudo em várias etapas da produção de energia por todas as nossas células.

1️⃣ Basicamente, a produção de hepcidina pelo fígado aumenta em resposta à inflamação, seja ela causada por infecções, intoxicações, álcool, medicamentos, lesões, traumas, exercícios excessivos, falta de sono, muito estresse, entre outros fatores.

2️⃣ A falta de ferro leva a uma maior facilidade na produção e armazenamento de gordura, além de tender a elevar a glicemia.

3️⃣ Inflamação e falta de ferro podem tanto reduzir a produção de T4 pela tireoide (https://icaro.med.br/tireoide/) quanto diminuir a conversão do T4 em sua forma ativa, o T3, no fígado. Além disso, a carência de ferro pode impedir que o T3 atue efetivamente nas células, já que o ferro é necessário para ativar os genes que são regulados pelo T3. Nestes casos, o paciente pode desenvolver sintomas de hipotireoidismo, mesmo com níveis de T4 e T3 considerados “normais”.

4️⃣ Nossa sociedade moderna, por vezes, usa antibióticos em excesso e/ou consome carboidratos demais, duas práticas que podem aumentar as infecções por Candida. Vale ressaltar que a Hepcidina é um potente antifúngico, e o corpo pode produzi-la em excesso em casos de infecções por Candida.

Este post foi baseado, em parte, no conteúdo disponível em: https://www.wellnessresources.com/news/stunning-discoveries-regarding-iron-obesity-candida-thyroid]