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O que é meditação e por que todos precisamos praticá-la regularmente?
Mas dá para resumir como uma estratégia efetiva, rápida e muito simples que permite a você “desligamentos” periódicos, “descanso e reorganização” para sua mente e corpo. E por que isso é importante? Simples: do mesmo jeito que uma ponte pode ruir se soldados marcharem em cima dela (leia e entenda: https://www2.ufjf.br/fisicaecidadania/2012/08/01/por-que-soldados-nao-marcham-sobre-pontes/), seus pensamentos estressantes recorrentes podem arruinar sua mente e trazer ou agravar uma grande gama de distúrbios psiquiátricos. Sob este prisma, a meditação ajuda a evitar a ressonância negativa do acúmulo e sobreposição de pensamentos estressantes que poderiam prejudicar seu funcionamento cerebral.
COMO MEDITAR?
Você não precisa de posições “rígidas” (ainda que algumas sejam mais confortáveis e facilitem o processo), “mantras”, músicas ou rituais específicos!
Estes dois vídeos explicam de forma bem objetiva e fácil como você pode começar. Se você quer saber se funciona e quais serão os benefícios para você, tente pelo menos uma vez esta técnica e veja quais benefícios imediatos obterá: duvido que você se decepcione!
VÍDEO 1: Explica como meditar em um minuto (ou menos), em qualquer lugar.
VÍDEO 2: Meditação guiada (pelo Dr. Cláudio Naranjo)
Compartilho com vocês este vídeo, que é um verdadeiro tesouro para nossas vidas – meditação guiada:
Foi enviado a mim pelo brilhante colega Dr. Marconi, por e-mail, com este texto (que é a tradução do que é dito pelo Dr. Cláudio no vídeo, em espanhol — sugiro a leitura antes de começar o procedimento):
“Convido-os a fecharem os olhos para começar.
Quando se fecham os olhos, ocorre que se fecha a boca também. E convido-os a imaginar que, quando alguém não faz nada, há como uma sabedoria do corpo ou da profundidade da mente, que é como uma força curadora. Se nos retiramos do meio, ocorre algo como quando se tem um sono reparador: tudo encontra seu lugar, tudo vai se harmonizando.
E ajuda muito a consciência da respiração. É como se afinasse a consciência do tempo, o momento se faz mais instantâneo, é mais fácil estar no instante. E também a respiração nos leva não só ao centro do corpo, mas é como um convite a ir ao centro de nós mesmos. Um chamado à mente: como que a mente está distraída no mundo, e, ao respirar, é mais fácil deixá-la retornar à casa, voltar ao seu próprio centro. Os italianos têm uma expressão muito feliz: “il dolce far niente”… O doce não fazer nada. Aí, no repouso, um prazer. Se alguém imagina quando vai à praia tomar sol, é fácil conectar-se com essa experiência de repouso, que não é uma disciplina, mas um deixar-se estar em paz.
Convido-os a não fazer nada, mas com consciência do prazer respiratório. Este prazer sutil, que é parte da respiração, sentir que nos entra a vida. E deixemos que este prazer da respiração – que às vezes se chama a “beleza” da respiração, na tradição Theravada – é como a nobreza da respiração – vá nos inspirando um sorriso.
Se temos um ponto de apoio neste estado de repouso agradável, alimentado por este prazer de respirar, podemos também colocar atenção ao que não gostamos neste momento, ao insatisfatório da nossa experiência.
Seguro que há em nossa experiência do corpo algo incômodo. E convido-os a tomarem consciência, a olharem na cara deste desconforto, sem perder o sorriso. Porque, ainda que o “duka” (sofrimento) seja inevitável, ninguém nos manda atirarmo-nos ao chão, ou colocarmo-nos como vítimas, ou ficarmos raivosos. Tratemos de sorrir ao desconforto do momento, ao desconforto da nossa vida atual, ao sofrimento de estarmos longe da realização de nossas aspirações. Tomemos nosso sofrimento, nosso incômodo, nossa insatisfação e tratemo-los como uma mãe que acolhe um filho, que acolhe seu filho que chora. Transmitamos ao nosso ego infantil nossa serenidade, nossa esperança, nosso carinho, deixando que nosso “karma”, que nossos problemas do passado, sejam digeridos por nossa atitude positiva.
E, para terminar, já retornando ao contato com o lugar em que estamos, façamos um gesto de doar isto que pudemos ter ganho nestes minutos, de não acumulá-lo como um ponto a mais em nosso currículo espiritual, mas colocando-o a serviço da vida.”
Há comprovação científica da meditação?
Muitos ainda acham, erradamente, que meditar é algo esotérico e até desprovido de comprovação científica. Para estes, sugiro buscar no http://scholar.google.com.br/ e “divertir-se” com os mais de 773.000 resultados que aparecem (busca de janeiro/2015), mostrando a eficácia da meditação no tratamento não só de desordens psiquiátricas (como ansiedade, depressão, entre outras), mas também “físicas” (como hipertensão, distúrbios hormonais, entre outros).
Boa semana e sucesso!