Omeprazol, Pantoprazol, Lansoprazol e similares (todos os “prazol” por aí).
Entenda de uma vez por todas que o uso inadequado (crônico, abusivo e/ou equivocado) desses medicamentos pode ser bastante perigoso para a saúde! Há bons substitutos para eles, igualmente ou mais eficazes e muitas vezes mais naturais, com bem menos efeitos indesejáveis associados, ou mesmo nenhum. Sugiro que você procure profissionais de saúde que compreendam isso e conheçam as opções possíveis.
1️⃣ O que são eles: São os chamados Inibidores de Bombas de Prótons (IBPs), prescritos principalmente para o tratamento de úlceras pépticas, refluxo gastroesofágico, indigestão, gastrite, entre outros.
2️⃣ Nomes comerciais (de alguns): Losec, Prepazol, Peprazol; Ulconar; Victrix, Prazol, Pantozol, Pantocal, Ziprol, Zurcal, Nexium, Lanz, Lanogastro, Neozol.
3️⃣ Por exemplo, o uso “errado” deles pode levar a: Carência de ácido fólico, cálcio e proteínas (quando a acidez é reduzida, a metabolização e absorção destes pelo organismo ficam prejudicadas).
4️⃣ E mais: Cada vez mais estudos estão comprovando como o uso crônico e/ou inadequado desses medicamentos está relacionado a dezenas de problemas de saúde (causando ou agravando), como, por exemplo, osteopenia/osteoporose, arritmias cardíacas, infecções intestinais, pneumonia, múltiplas deficiências nutricionais e até infarto e derrame. Entenda: http://www.greenmedinfo.com/blog/acid-blocking-drugs-increase-heart-disease-risk
Cada vez mais estudos estão comprovando como o uso crônico e/ou inadequado desses medicamentos está relacionado a dezenas de problemas de saúde (causando ou agravando), como, por exemplo, osteopenia/osteoporose, arritmias cardíacas, infecções intestinais, pneumonia, múltiplas deficiências nutricionais e até infarto e derrame. Entenda: http://www.greenmedinfo.com/blog/acid-blocking-drugs-increase-heart-disease-risk
Explicando em detalhes, quando o IBP eleva o pH do estômago, entre outros problemas, leva a:
- Redução da ação da pepsina, prejudicando assim a digestão das proteínas.
- Redução da imunidade contra bactérias, fungos e vírus, que depende em parte do ataque ácido a eles quando vêm da alimentação.
- Redução da ionização de vários minerais e nutrientes, o que é a etapa inicial para que esses sejam melhor digeridos, absorvidos e até metabolizados posteriormente.
- Redução da sinalização necessária para que o pâncreas libere suas enzimas digestivas.
- Redução da produção do “fator intrínseco”, fundamental para a boa absorção da vitamina B12. Entenda a importância dela, desde desintoxicação e longevidade até a prevenção de demência e anemia: http://www.icaro.med.br/velhice-ou-carencia-de-vitamina-b12/
Fora situações de emergência, tente usar menos remédios. Isso dá trabalho, mas geralmente é perfeitamente possível e mais saudável! Explico aqui: https://icaro.med.br/antesdosremedios/
Quanto melhores forem seus hábitos de vida, sobretudo seu padrão alimentar, menor a necessidade de IBPs e remédios em geral. Dê a devida atenção a ISTO em sua vida.
5️⃣ Muitas pessoas estão utilizando os IBPs de maneira desnecessária. Para entender melhor, acesse: http://www.icaro.med.br/60-a-70-de-usuarios-de-ibps-nao-precisariam-fazer-o-uso/
6️⃣ Frequentemente, o problema é a falta de acidez (e não o excesso, que os “prazóis” tratam). Para mais informações, acesse: http://www.serdanatureza.com/artigos-falta-de-acidez-no-estomago-hipocloridria.php. Quando o problema é tratado como excesso, mas na realidade é falta, a situação pode se agravar!
7️⃣ Não sou contra remédios, que, sim, em vários casos, têm sua utilidade, sobretudo por curtos períodos de tempo, até que as causas de distúrbios sejam bem resolvidas. Só acho que, antes de recorrer a eles ou de usá-los por muito tempo, há muito mais a ser feito. Explico aqui: http://www.icaro.med.br/remedios-nao-precisar/
*Em quase 20 anos de Medicina, nunca vi um só caso em que o custo-benefício de manter cronicamente IBPs fosse favorável. Tomar remédios para a vida inteira? Raramente vejo isto como favorável ou necessário.
8️⃣ Há alternativas possíveis ao uso prolongado de inibidores da bomba de prótons (IBPs)? Sim. Exemplos incluem a otimização de hábitos de vida, especialmente a ingestão de água e a qualidade da alimentação, o uso de Aloe Vera, Alecrim, Azianon (fisioquantic.com.br), Kefir, espinheira-santa, erva-doce e enzimas digestivas, entre outros.
*Antes de utilizar, sugiro que você avalie estas opções junto ao seu profissional de saúde atualizado, competente e de confiança. Assim, poderá saber quais são adequadas para o seu caso, as doses corretas, a forma apropriada de uso, o tempo ideal, entre outros aspectos. Afinal, mesmo as opções mais naturais, se mal utilizadas, podem trazer resultados indesejados.
Quer mais evidências sobre os malefícios? Confira:
Sobre o “uso crônico do omeprazol: Carência de ácido fólico pode ocasionar os sintomas… e, apesar de abundante nos alimentos, se apresenta na forma de poliglutamato que exige a presença da enzima folato-conjugase, dependente do meio ácido. O omeprazol estaria elevando o pH gástrico (assim tornando-o menos ácido) e prejudicando a absorção do ácido fólico? A maioria dos idosos internados com depressão é carente de ácido fólico.” – Fica mais esta excelente dica de Artur Lemos, no seu excelente livro “Prática Ortomolecular”.
🔗 Uma revisão de 2014, publicada no American Journal of Kidney Diseases, analisou biópsias renais realizadas ao longo de 18 anos. Os resultados mostraram que o omeprazol causou mais casos de insuficiência renal do que o ciprofloxacino, um conhecido antibiótico nefrotóxico, e também mais do que os anti-inflamatórios não esteroidais. Para mais informações, acesse: http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0272638614008270.
🔗 Um estudo publicado em 2015 no PLoS One abordou o uso crônico de prazóis e o risco de infarto agudo do miocárdio. Para mais detalhes, consulte o estudo completo em: http://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0124653.
🔗 Um estudo de abril de 2016, publicado no JAMA, demonstra uma associação entre o uso dos inibidores da bomba de prótons (IBPs) e o aumento do risco de demência. A conclusão do estudo é a seguinte: “The avoidance of PPI medication may prevent the development of dementia” (tradução: Evitar os bloqueadores de bomba deve prevenir o desenvolvimento da demência). Para mais informações, acesse: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/26882076.
🔗 Usuários crônicos de prazóis apresentam um risco aumentado de hipomagnesemia, o que pode elevar as chances de arritmias cardíacas e osteoporose. Para mais informações, consulte o estudo disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/22762246.
🔗 Esta revisão, publicada em julho de 2016 por uma fonte alemã mas disponível em inglês, lista as principais complicações associadas ao uso dos prazóis após 25 anos de uso sistematizado na prática clínica. Entre as complicações estão: deficiência de vitamina B12 e ferro, risco aumentado de osteoporose, fraturas, demência, doenças cardiovasculares, complicações infecciosas incluindo aumento da incidência de pneumonias e infecções por Clostridium difficile, insuficiência renal crônica e peritonite espontânea. Mais informações podem ser encontradas no estudo disponível em: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4973002/.
Em resumo, existe um espaço na Medicina e na Saúde para o uso seguro de medicamentos, incluindo este e outros. No entanto, o uso abusivo, errado ou crônico é comum atualmente e está frequentemente associado a diversos riscos à saúde. Infelizmente, muitos profissionais de saúde parecem desconhecer esses perigos, resultando em prescrições excessivas e, em muitos casos, desnecessárias. É importante se informar para evitar que práticas nocivas prejudiquem sua saúde!