Velhice ou Carência de vitamina B12?

Está tão claro e cientificamente adequado que posto, na íntegra (tradução), esta brilhante matéria do The New York Times, recomendando a leitura por todos.

Afinal, reflitamos: precisamos mesmo de tantos remédios na vida?

Link da postagem original (em inglês): https://www.nytimes.com/2011/11/29/health/vitamin-b12-deficiency-can-cause-symptoms-that-mimic-aging.html

Ilsa Katz tinha 85 anos quando sua filha, Vivian Atkins, percebeu pela primeira vez que a mãe estava ficando cada vez mais confusa.

“Ela não conseguia se lembrar de nomes, de onde tinha estado ou do que havia feito naquele dia”, recordou a Sra. Atkins em uma entrevista. “No início, eu não fiquei muito preocupada. Achei que fosse parte do envelhecimento normal. Mas, com o tempo, a confusão e os problemas de memória ficaram mais graves e mais frequentes.”

Sua mãe não conseguia lembrar os nomes de parentes próximos, nem que dia era. Achava que ia trabalhar ou que precisava ir ao centro da cidade, algo que ela nunca fazia. E costumava ficar agitada.

Uma avaliação em uma clínica de memória resultou em um diagnóstico de Alzheimer inicial, e a Sra. Katz recebeu prescrição de Aricept, que, segundo a Sra. Atkins, parecia ter piorado a situação. Mas a clínica também examinou o nível de vitamina B12 no sangue da Sra. Katz. O resultado estava bem abaixo do normal, e o médico acreditava que isso poderia estar contribuindo para os sintomas.

Começaram então as aplicações semanais de injeções de B12. “Pouco tempo depois, ela ficou menos agitada, menos confusa e sua memória melhorou muito”, disse a Sra. Atkins. “Senti que tinha minha mãe de volta, e ela também está se sentindo muito melhor.”

Agora, aos 87 anos, a Sra. Katz ainda mora sozinha em Manhattan e se sente bem o bastante para recusar ajuda externa.

Mesmo assim, sua filha se perguntou: “Por que os níveis de B12 não são verificados rotineiramente, principalmente em pessoas mais velhas?”

É uma pergunta importante. Conforme envelhecemos, nossa capacidade de absorver B12 dos alimentos diminui e, muitas vezes, também diminui o consumo de alimentos ricos nessa vitamina. A deficiência de B12 pode surgir sem aviso e causar uma série de sintomas confusos que têm grande chance de serem mal diagnosticados ou atribuídos apenas ao envelhecimento.

Um Nutriente Vital

A vitamina B12 é um nutriente essencial com funções em todo o organismo. Ela é necessária para o desenvolvimento e a manutenção de um sistema nervoso saudável, para a produção de DNA e para a formação de glóbulos vermelhos.

Uma deficiência grave de B12 resulta em anemia, que pode ser detectada por um exame de sangue comum. Mas os sintomas menos evidentes de uma deficiência de B12 podem incluir fraqueza muscular, fadiga, tremores, dificuldade para caminhar, incontinência, pressão arterial baixa, depressão e outros transtornos de humor, além de problemas cognitivos como dificuldade de memória.

Os laboratórios diferem quanto ao que consideram normal, mas a maioria das autoridades afirma que há deficiência quando os níveis de B12 em adultos caem abaixo de 250 picogramas por mililitro de soro sanguíneo. Como todas as vitaminas do complexo B, a B12 é solúvel em água, mas o corpo armazena quantidades extras no fígado e em outros tecidos. Mesmo que as fontes alimentares sejam inadequadas por algum tempo, a deficiência no sangue pode não aparecer durante anos.

Se a quantidade de B12 armazenada já for baixa desde o início, a deficiência pode se desenvolver em um ano, ou ainda mais rapidamente em bebês.

As quantidades dietéticas recomendadas de B12 variam: 2,4 microgramas por dia para pessoas a partir de 14 anos, 2,6 microgramas para gestantes e 2,8 microgramas para mulheres que estão amamentando. Salvo circunstâncias que prejudiquem a absorção de B12, esses níveis são facilmente alcançados com uma alimentação equilibrada que contenha proteína animal.

Em sua forma natural, a vitamina B12 está presente em quantidades significativas apenas em alimentos de origem animal, principalmente no fígado (83 microgramas em uma porção de 100 gramas). Boas fontes alimentares incluem outras carnes vermelhas, peru, peixes e frutos do mar. Quantidades menores da vitamina são encontradas em laticínios, ovos e frango.

Pessoas em Risco

Fontes vegetais naturais possuem, na melhor das hipóteses, quantidades mínimas de B12, e a vitamina é mal absorvida a partir delas. Muitos vegetarianos estritos e todos os veganos, assim como os bebês que eles amamentam, precisam consumir suplementos ou cereais matinais fortificados para obter quantidades adequadas.

Certos organismos, como a bactéria Spirulina e algumas algas, contêm uma pseudo-B12 que o corpo não consegue utilizar, mas que pode gerar uma falsa leitura de nível normal de B12 em exames de sangue. Apesar de afirmações em sentido contrário, algas como laver (nori) e barley grass (grama de cevada) não são fontes confiáveis de B12.

Nos alimentos de origem animal, a B12 está ligada a proteínas e precisa ser liberada pelo ácido gástrico e por uma enzima para ser absorvida. Por isso, usuários crônicos de medicamentos que reduzem a acidez do estômago, como Prilosec, Prevacid e Nexium, bem como remédios para úlcera como Pepcid e Tagamet, correm risco de desenvolver deficiência de B12 e, frequentemente, precisam tomar suplementos diários.

Os níveis de ácido estomacal diminuem com a idade. Até 30% das pessoas mais velhas podem não ter ácido suficiente para absorver quantidades adequadas de B12 a partir de fontes naturais. Por esse motivo, recomenda-se o consumo regular de alimentos fortificados ou a suplementação com doses diárias de 25 a 100 microgramas de B12 para pessoas acima de 50 anos.

A B12 sintética, presente em suplementos e alimentos fortificados, não depende do ácido estomacal para ser absorvida. No entanto, seja natural ou sintética, apenas uma parte da B12 ingerida é efetivamente aproveitada pelo organismo. O tratamento para corrigir uma deficiência geralmente envolve doses muito maiores do que a quantidade que o corpo realmente necessita.

A B12 livre, proveniente tanto de fontes naturais quanto sintéticas, precisa se combinar com uma substância chamada fator intrínseco, presente no estômago, para ser absorvida pelo intestino. Esse fator está ausente em pessoas com uma doença autoimune chamada anemia perniciosa; a deficiência resultante da vitamina é comumente tratada com injeções de B12.

Embora a maioria dos médicos recomende prontamente injeções para corrigir a deficiência, há diversas evidências de que, em doses suficientemente altas, comprimidos sublinguais (colocados sob a língua) ou adesivos de B12 na pele podem funcionar tão bem quanto as injeções, inclusive em pessoas com problemas de absorção e até mesmo na anemia perniciosa.

Na maioria das vezes, recomenda-se um suplemento diário de 2.000 microgramas por cerca de um mês, depois reduzido para 1.000 microgramas diários por mais um mês e, por fim, reduzido novamente para 1.000 microgramas semanais. A B12 sublingual, adesivos ou até pirulitos de B12 podem ser úteis para quem precisa do suplemento, mas não consegue engolir comprimidos.

Outros grupos em risco de desenvolver deficiência de B12 incluem grandes consumidores de álcool (que prejudica a absorção), pessoas que passaram por cirurgia bariátrica ou de úlcera no estômago, e aqueles que tomam ácido aminosalicílico (para doença inflamatória intestinal ou tuberculose) ou o medicamento para diabetes metformina (vendido como Glifage e outras marcas). Pacientes que utilizam anticonvulsivantes como fenitoína, fenobarbital ou primidona também estão em risco.

Doses elevadas de ácido fólico podem mascarar uma deficiência de B12 e causar danos neurológicos permanentes se os níveis normais da vitamina não forem mantidos. Suplementos de potássio também prejudicam a absorção de B12 em algumas pessoas.

Embora a deficiência de B12 possa aumentar os níveis sanguíneos do aminoácido homocisteína, que é um fator de risco para doenças cardíacas e acidente vascular cerebral, a suplementação de B12 não demonstrou reduzir o risco cardiovascular.

E, apesar de níveis elevados de homocisteína estarem associados à doença de Alzheimer e à demência, reduzi-los com suplementos de B12 não mostrou melhora na função cognitiva. No entanto, em um estudo, entre mulheres com baixa ingestão alimentar de B12, a suplementação da vitamina reduziu significativamente a taxa de declínio cognitivo.

Tradução compartilhada de forma gratuita, sem qualquer objetivo comercial ou de lucro, apenas com a intenção de informar e ajudar. Todos os direitos sobre o conteúdo original pertencem a The New York Times News Service/Syndicate – Todos os direitos reservados.

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