3 MITOS em Saúde – Antidepressivos e calmantes

3 MITOS em Saúde – Antidepressivos e calmantes

Aqui já falamos sobre os três, mesmo que “de leve”, mas achei por bem aprofundarmo-nos um pouco… Até porque em consultório têm sido raros os pacientes que não têm dúvidas ou conceitos inadequados sobre pelo menos um destes assuntos (a maioria, sobre todos).

MITO: “O principal no tratamento para depressão/ansiedade são antidepressivos/ansiolíticos”

Sinceramente, você conhece alguém que já se curou de ansiedade, depressão ou transtorno do pânico (daqui por diante chamarei de ADTP, para facilitar – embora não seja uma nomenclatura oficial) em virtude do tratamento com antidepressivos ou ansiolíticos (também chamados de “calmantes”)? Eu não. Isso porque a maioria dos antidepressivos/calmantes não atua nas causas de ADTP, mas sim fazendo com que os neurotransmissores permaneçam mais tempo na fenda sináptica ou atuando diretamente nos receptores (respectivamente), e não aumentando sua produção ou otimizando a liberação destes na fenda… Ficou complicado? Então, deixe-me explicar de forma simples:

Os estímulos nervosos são conduzidos por nervos, que são feixes de neurônios (células nervosas) trabalhando juntos, de forma sequenciada, para a condução de impulsos elétricos específicos (os estímulos nervosos, que podem ser de dor, sensações táteis, emoções, etc.). Ou seja, toda sensação ou emoção, para ser sentida, precisa ser transmitida de um neurônio para outro, sucessivamente. Ocorre que um neurônio nunca toca o outro (ou isso causaria um “curto-circuito”), ou seja, quando uma mensagem precisa ser transmitida de um para outro, uma “ponte” precisa ser criada entre eles; esta ponte é o neurotransmissor: é liberado neste espaço de comunicação (sinapse) entre os neurônios (a fenda sináptica), permite a passagem do estímulo e depois é retirado dali (por recaptação ou destruição).

Nosso cérebro possui vários neurotransmissores diferentes: Dopamina, GABA, noradrenalina, acetilcolina… Mas o principal deles, quando o assunto é satisfação e prazer, é a serotonina; tanto é que a serotonina está envolvida, isoladamente ou em conjunto com outros neurotransmissores, em mais de 80% dos casos de ADTP. O fato é que reduções na quantidade de serotonina disponível nas fendas sinápticas (a falta é o distúrbio mais comum, excessos são algo raro) levam a ansiedade, depressão, pânico ou combinações destes, com gravidade, periodicidade e características dependentes desta quantidade.

Então, se o problema é a quantidade de serotonina disponível, a chave do tratamento de ADTP geralmente deveria ser aumentá-la, certo? Ou talvez incluir outros neurotransmissores? Não é tão simples assim:

Causas: Ou você as trata ou o paciente ficará a vida inteira dependendo de medicamentos para se sentir melhor. A maioria dos antidepressivos e calmantes não age nas causas da ADTP, lembra-se? Isso ocorre porque o fator que leva à redução da serotonina disponível continua presente. Estresse e má alimentação, juntamente com distúrbios hormonais e tendências genéticas individuais para ADTP, por exemplo, são os mais importantes fatores que reduzem a serotonina. A má alimentação reduz a biodisponibilidade de precursores necessários à fabricação de serotonina — sim, a matéria-prima para a fabricação de tudo no organismo vem da alimentação adequada! — e o estresse, porque cronicamente consome tanto a matéria-prima para a fabricação de neurotransmissores, por exemplo, de forma importante a vitamina B6 e o magnésio, quanto estes em si, ao mesmo tempo em que perturba o equilíbrio hormonal. E distúrbios hormonais são fatores importantes indiscutíveis na causa, manutenção e piora de ADTP.

Produção: Há cinco ingredientes básicos necessários para o cérebro produzir serotonina: triptofano (um aminoácido), vitamina B6, ácido fólico e magnésio, na presença de um pouco de carboidratos. A falta de qualquer um desses elementos impede a síntese de serotonina pelo cérebro. Acontece que a maior parte da população mundial tem carência desses nutrientes em sua alimentação, especialmente as vitaminas do complexo B e o magnésio. Além disso, o estresse — talvez um dos distúrbios mais frequentes na humanidade — ainda compete por esses mesmos nutrientes.

Recaptação: Como já mencionado, uma das estratégias mais utilizadas pelos medicamentos é reduzir ou inibir a recaptação dos neurotransmissores na fenda sináptica, com a crença de que isso deixaria mais deles disponíveis para agir e por mais tempo. A questão é que o neurotransmissor foi feito para ser liberado, agir e ser removido, certo? Isso porque, quando fica tempo demais na fenda, também pode levar a formas de ADTP (por exemplo, pacientes deprimidos que, com o uso do medicamento, vão se tornando cada vez mais ansiosos).

Ação direta: Várias drogas, sobretudo os benzodiazepínicos, conhecidos como “calmantes”, agem diretamente em receptores, principalmente do neurotransmissor GABA, seja estimulando-o ou bloqueando-os. Neste caso, surge outro problema: como controlar adequadamente o grau desse efeito direto e lidar com a necessidade de doses cada vez maiores para obtê-lo?

Mas quantos tratamentos convencionais para ADTP você conhece que contemplam estas questões básicas? Posso estar errado, mas o que mais vejo é o medicamento ser prescrito cedo demais, enquanto a recomendação da literatura é clara: deve ser adjuvante do tratamento das causas, e não algo “perpétuo”. Em outras palavras, reduzir o estresse, ter bom acompanhamento psicológico e uma alimentação adequada, ou mesmo associada a boa suplementação, têm mais chances de tratar com sucesso e sem causar dependências ADTP do que o uso isolado de medicamentos. Só não vê quem não quer.

Em síntese, não só para ADTP mas para qualquer distúrbio, abordar os sinais e sintomas visando o alívio do paciente é nobre e muitas vezes necessário. Mas, se a causa deles não for tratada ao mesmo tempo, o paciente não obtém cura ou melhora sustentada e progressiva, tornando-se cada vez mais dependente da medicação para se sentir bem. E convenhamos: que medicina é essa que transforma portadores de desequilíbrios orgânicos, por vezes transitórios e/ou autolimitados, em dependentes químicos?

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