Anticoncepcionais e SOP
Compartilho hoje com vocês vários materiais que acredito serem muito úteis sobre os assuntos anticoncepcionais e SOP (Síndrome dos Ovários Policísticos). Lembro-lhes que mais sobre o assunto pode ser encontrado ampla e facilmente em:
https://icaro.med.br/?s=anticoncepcional
PRIMEIRO POST:
Mulheres – fujam dos anticoncepcionais – Leia e compartilhe
Vivo alertando vocês sobre os perigos dos anticoncepcionais (contraceptivos), mas talvez agora a maioria acredite, já que a Revista Época transformou-os em sua matéria de capa, intitulada “Quando a Pílula Anticoncepcional É a Pior Escolha”.
https://epoca.globo.com/vida/noticia/2015/03/quando-pilula-anticoncepcional-e-pior-escolha.html
Anticoncepcionais são todos hormônios, em sua maioria não isomoleculares (ou bioidênticos), ou seja, não têm a mesma estrutura química que os hormônios produzidos pelo seu próprio corpo e, por isso, não podem ter os mesmos efeitos no seu organismo que os hormônios idênticos aos que ele produz teriam. De fato, resumidamente, o que vemos na prática é que o uso das progestinas dos anticoncepcionais, na mulher:
- Inibe a produção do seu próprio organismo de progesterona.
- Substitui nos receptores a progesterona por progestina.
- Reduz a produção de vários hormônios que viriam da progesterona, como testosterona, estradiol e até cortisol (também reduz o DHEA que, “sozinho”, tenta repor a bagunça causada pela falta de progesterona e acaba “exausto”).
Por tudo isso, a mulher acaba sem a progesterona que lhe é vital, intoxicada por progestinas (cada vez mais) e carente de vários hormônios importantes, desenvolvendo assim uma série de efeitos muitos parecidos com “uma TPM constante” ao longo do tempo. Isso inclui problemas de desempenho mental/emocional, de humor, cansaço, mal funcionamento da tireoide, ganho de peso, inchaço, má circulação, baixa libido, dificuldade de ganho de massa muscular, entre outros – são centenas de sintomas e doenças causados ou agravados pelo uso de anticoncepcionais.
E entenda de uma vez: não existem “anticoncepcionais fraquinhos” que, por isso, teoricamente fariam menos mal. A natureza é tão sábia que a progesterona, a sua própria, fica dentro do seu organismo no máximo 48h, sendo então inativada/destruída, de forma que seu corpo controla bem sua ação. As progestinas podem ficar meses dentro de você, e por isso o acúmulo delas acaba por trazer sintomas, invariavelmente.
* Pelo que já me foi denunciado, a Indústria da Doença paga blogueiras e até famosas e celebridades para “falar bem” de remédios, entre eles os anticoncepcionais. Não caia nesta enganação!
* Leia a bula dos anticoncepcionais atentamente… E veja se ainda quer tomá-los.
* Anticoncepcionais são hormônios. Entenda como hormônios deveriam ser usados: https://icaro.med.br/hormonios/
* Pagina no Facebook: Vítimas de anticoncepcionais. Unidas a favor da Vida: https://www.facebook.com/vitimasdeanticoncepcionais/ –
acesse esta comunidade e leia/assista a centenas de depoimentos contando a verdade incômoda que a matéria da Época só “começou” a revelar.
** Você realmente precisa usá-los? Então sugiro a reposição concomitante dos vários hormônios que têm seus níveis prejudicados, ou você não tardará a ter sinais, sintomas e doenças.
*** Muitos efeitos dos anticoncepcionais aparecem a médio e longo prazo apenas, e é aí que está o perigo, pois muitas mulheres, justamente por isso, não os associam aos anticoncepcionais e, por isso, continuam tomando e piorando.
**** Qualquer anticoncepcional que libere hormônios possivelmente causa tudo o que foi falado acima: seja o DIU/SIU hormonal (Mirena e cia), seja o “anel” (Nuvaring e cia), o implante (Implanon e cia) e, é claro, as pílulas. E não existe essa história de que, em caso de DIU ou anel, o hormônio só fique no local ou caia pouco na corrente sanguínea: com o tempo, a quantidade de hormônio que vai para o sangue e assim chega a todo o organismo (até seu cérebro, causando sintomas, sim!) é cada vez maior – afinal, quantos cremes você não passa em um só lugar e atingem todo o corpo pelo sangue?
***** Muitos médicos recebem a “orientação” de não pedirem exames de vários hormônios para a mulher que está usando anticoncepcionais, sob a alegação de que “vão dar baixos mesmo, mas a pílula estará compensando isso”, o que é uma mentira: por tudo o que expliquei acima, entenda que o uso de hormônios anticoncepcionais com progestinas não repõe adequadamente as perdas hormonais que causa e que só agravam-se com o uso continuado.
****** Se você tem algum sintoma ou doença e usa anticoncepcionais, entenda que eles sempre podem estar causando ou agravando seus problemas. Sempre, sobretudo porque interferem em uma das coisas mais importantes para sua sobrevivência: seu eixo hormonal e seu adequado funcionamento.
******* As mulheres que mais sofrem são as que têm hábitos de vida ruins, já que passam a sofrer por isso e pelos efeitos do desequilíbrio hormonal causado pelos anticoncepcionais (que vêm com manifestações piores). Entenda mais em: https://icaro.med.br/12habitos/
Leia e informe-se. Não tenha preguiça de buscar o melhor para você! Se você não for a maior interessada na sua saúde, quem será, em seu lugar?
SEGUNDO POST meu de 10/03/15 sobre SOP e também anticoncepcionais:
https://www.facebook.com/icaro.aa/posts/788867101203567
SOP – Síndrome de Ovários Policísticos
1 – Entendam que nem toda mulher que tenha vários cistos nos ovários tem a síndrome, ok? Para ter a síndrome, é necessário haver o distúrbio hormonal associado, explicado abaixo. Os cistos podem ser devidos a condições transitórias, funcionais, e que muitas vezes sequer trarão consequências hormonais significativas para a mulher, assim descaracterizando a presença da temida “síndrome”.
2 – Anticoncepcionais não são usualmente a melhor escolha para tratar SOP, tendo em vista a grande quantidade de efeitos indesejáveis que trazem – entenda isso aqui: https://icaro.med.br/anticoncepcionais/
* Texto interessante que encontrei na internet, explicando detalhes importantes sobre o que é a síndrome, quando efetivamente presente. Retirei dele, na cópia e colagem aqui, aquilo com o que discordo (como afirmar que a terapia com anticoncepcionais e hormônios não bioidênticos é segura e indicada para SOP; na minha opinião, baseada em evidências, não é e traz grandes perigos para a mulher, quando insistem nessa abordagem). A fonte original, entretanto, está aqui: https://www.endocrino.org.br/10-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-a-sindrome-dos-ovarios-policisticos/
“A seguir confira 10 coisas que você deve saber sobre a Síndrome dos Ovários Policísticos:
A Síndrome dos Ovários Policísticos (SOP ou PCOS, sigla em inglês) é uma doença endocrinológica caracterizada pelo aumento da produção de hormônios masculinos.
Para ser diagnosticada é preciso que a paciente apresente dois ou três sintomas combinados, e que seja excluída outra patologia. Além disso, o médico deve avaliar sua história clínica e realizar o exame físico. Os sintomas da SOP são: aumento do volume ovariano, ausência ou irregularidade da menstruação, ausência de ovulação, aumento de peso, aparecimento de acne, hirsutismo (crescimento de pelos no rosto e outros locais em que a mulher normalmente não tem pelos), queda de cabelo, resistência insulínica (RI) e problemas com a fertilidade;
Segundo o Dr. Alexandre Hohl, 1 em cada 15 mulheres em idade reprodutiva tem SOP e a RI atinge de 50 a 70% das mulheres com a Síndrome. E, esta resistência independe do peso corporal da mulher. A literatura mostra a prevalência em torno de 5% a 10% da população feminina em idade fértil;
Apesar da SOP ser causa da irregularidade menstrual em 85% das jovens, é um distúrbio que pode se manifestar de diversas formas. Além disso, a SOP está associada com o maior risco para o desenvolvimento de outras doenças como câncer de endométrio (tumor localizado na parede interna do útero), ataque cardíaco e diabetes;
O tratamento da SOP deve estar acoplado ao incentivo a uma dieta alimentar e a prática de atividade física, pois, segundo o Dr. Alexandre, “Para se tratar SOP e RI, é fundamental a mudança no estilo de vida. Isso melhora a resistência insulínica, a fertilidade, regula a ovulação e aumenta a sensibilidade à insulina”;
… Por ser uma síndrome, com vários sintomas, o tratamento deve englobar diversos medicamentos como hipoglicemiantes orais (nos casos de resistência à insulina); estimulantes da menstruação,… , cosméticos conta a acne e terapias para o controle do estresse e da ansiedade;
Mulheres com SOP apresentam, em geral, valores mais elevados de percentual de gordura, adiposidade central (barriga), testosterona, glicose pós-prandial, insulina basal e pós-prandial, triglicerídeos, colesterol total e LDL colesterol. Além disso, apresentam fatores de risco cardiovasculares mais precocemente do que comparadas as mulheres sem SOP, com mesmo IMC;
De acordo com a Diretriz Brasileira sobre a SOP, dieta e exercícios físicos representam o tratamento de primeira linha, melhorando a resistência à insulina e retorno dos ciclos ovulatórios, mesmo na ausência de perda de peso. Com o tratamento medicamentoso adequado, cerca de 50% a 80% das pacientes apresentam ovulação e 40% a 50% engravidam. A fertilização in vitro (FIV) também é indicada nos casos em que a estimulação ovariana foi exagerada, com o objetivo de evitar o cancelamento do ciclo;
A perda de peso resultante das mudanças no estilo de vida “favorecerá a queda dos androgênios circulantes, melhorando o perfil lipídico e diminuindo a resistência periférica à insulina; dessa forma, contribuirá para o decréscimo no risco de aterosclerose, diabetes e regularização da função ovulatória. A prescrição de contraceptivos hormonais orais de baixa dose, por sua vez, propiciarão o controle da irregularidade menstrual e redução do risco de câncer endometrial” (Projeto Diretrizes AMB);
Apesar de ser comum, a Síndrome dos Ovários Policísticos manifesta-se de diferentes formas nas mulheres e por este motivo seu tratamento deve ser individualizado. Até o momento não foi descoberta a cura para a SOP, entretanto com o controle dos sintomas é possível prevenir os problemas associados”.
3 – Se seu médico insistir em te tratar com anticoncepcionais (não recomendo), sugiro que os distúrbios hormonais causados por eles sejam avaliados via exames amplos e completos, correlacionados com uma boa e detalhada anamnese, e tratados por meio de modulação hormonal adequada (sim, anticoncepcionais vão causar distúrbios hormonais em você): https://icaro.med.br/hormonios/
4 – Leia isso sobre SOP; acreditem, vai ajudar:
https://acupunturabrasil.blogspot.com/2011/02/sindrome-do-ovario-policistico-sop.html
https://www.medicinacomplementar.com.br/ – busque por “ovários”
Karina Tranjan, sobre sua experiência pessoal com SOP – Texto que acompanhou seu repost das palavras acima:
“
Gente, assunto muito sério neste post.
Conheço muitas pessoas que tratam a SOP com anticoncepcionais.
Eu mesma fui diagnosticada, erroneamente, com SOP e tive prescrição de anticoncepcional como tratamento básico.
O que minha ginecologista não sabia, e não se deu ao trabalho de investigar, é que eu estava com a testosterona baixa. Ela me deu um diagnóstico de SOP com base em um simples ultrassom! Não solicitou dosagens hormonais, não perguntou sobre meus sintomas… Nada! Viu o ultrassom e me prescreveu uma caixa de anticoncepcional. Simples assim.
Mas, se a SOP é caracterizada, principalmente, pelo aumento de testosterona no organismo, como é que eu pude ser diagnosticada com tal distúrbio?! Pois é…
Sabe o que acontece quando você toma anticoncepcional já tendo níveis baixíssimos de testosterona no organismo e sem realizar a devida modulação hormonal?
Os níveis de testosterona caem ainda mais!
Se você acha que a testosterona não é importante para o organismo feminino e que serve apenas para aumentar a libido, leia este artigo: https://icaro.med.br/especialistas-ressaltam-beneficios-testosterona [
[A informação compartilhada por Karina no post original, que era um link para um de meus artigos e foi desativado.]
Daí em diante, foi um desastre total!
Eu, que já vivia cansada, me tornei praticamente uma morta viva. Vivia mais cansada, sem disposição, dormindo pelos cantos, fraca, mal humorada, com dores e alergias que nunca tinha apresentado antes, além de apresentar episódios de ansiedade e pânico. Parte desses sintomas foram atribuídos a um hipotireoidismo que, segundo a endocrino, melhorariam com a famosa levotiroxina.
Ela, claro, também não pediu exames complementares, nem dosagens hormonais mesmo sabendo do tal diagnóstico de SOP e da prescrição de anticoncepcional.
Ao invés disso, ela disse que a minha prolactina estava um pouco alta e que eu, provavelmente, estava com um tumor na cabeça! E disse isso como quem te dá um diagnóstico de gripe.
Pois bem, o resultado do exame do temido tumor deu negativo.
“E agora, Dra?“
“Ah, continua tomando a levotiroxina que vai ficar tudo bem!“
Não, não ficou tudo bem!
A coisa piorou e muito!
E sim, desacreditei da vida, de médicos, de praticamente tudo cada vez que meu rosto inchava por conta de uma alergia nova, cada vez que eu tentava me manter em pé por mais de 15 minutos sem ficar tonta ou minhas pernas bambearem, cada vez que eu acordava de manhã e ficava olhando p/ parede sem vontade de nada, cada vez que eu tinha taquicardia ou voltava pra casa correndo pq minha pressão arterial não se mantinha e eu começava a passar mal.
Passei mais de 1 ano assim até encontrar um médico endocrino decente e atualizado, que me escutou com toda atenção, que me questionou infinitas vezes e tentou entender como eu me sentia p/ depois olhar o resultado dos meus exames. Aí sim, exames completos! Todas as dosagens hormonais possíveis foram solicitadas, a tireóide foi minuciosamente investigada e muitos outros exames foram pedidos. Foram mais de 20 ampolas deixadas no laboratório.
Resultado?
Meus hormônios estavam completamente enlouquecidos (não tinha um dentro da taxa de normalidade), minha testosterona quase não foi detectada nos exames, minha tireoide estava sendo tratada erradamente, eu estava com minhas glândulas adrenais em falência parcial, o que resultou em fadiga adrenal, e ainda estava com baixa de vitamina b12 e vitamina D.
E não, nunca tive SOP! A única coisa que o anticoncepcional fez foi agravar o meu quadro.
Se você não sabe ou nunca ouviu falar em fadiga adrenal leia este artigo:
https://www.robertofrancodoamaral.com.br/blog/fadiga-cronica-adrenal/
Agora sim, com o diagnóstico correto e 7 meses de tratamento com o médico que eu escolhi, posso dizer que voltei a ter uma vida praticamente normal. Meus novos exames vão deixá-lo morrendo de orgulho!
Então, se eu pudesse te dar um conselho seria esse: não se acomode!
Não aceite qualquer diagnóstico, principalmente se você não mostra melhora alguma com o tratamento.
Não aceite consultas de 15 minutos onde o médico mal te olha, mal te toca e mal te escuta.
Não aceite que aquele cansaço insuportável que vc sente todos os dias ao levantar é normal, que aquela dor de cabeça, tontura, enjôo, indisposição, fraqueza, taquicardia, ansiedade e muitos outros sintomas são simplesmente normais.
Não! Na maioria das vezes não são!
Portanto, corra atrás!
Pesquise!
Informe-se!
A vida pode melhorar sim!
E eu fiquei aqui p/ contar”.
QUARTO: Recentemente, repostei no meu Instagram @icaroalves dois textos da Dra. Lidia Bolfe (@dra.lidiabolfe).
Post 1 –
“By @dra.lidiabolfe ” Doutora, queria saber uma coisa porque vi todos os problemas do anticoncepcional com hormônio, fiquei chocada e estou querendo parar!
Eu tenho _______ preencha c/qualquer um dos seguintes: ovários policísticos, miomas, endometriose, sangramento menstrual disfuncional, ciclo irregular, acne, cólicas monstruosas, TPM assassina por isso uso anticoncepcional. Como não encontro um ginecologista que tenha uma alternativa, decidi q vou jogar a pílula pela janela (ou arrancar eu mesma o Mirena), vou ter bons hábitos alimentares, praticar atividade física, cuidar da minha saúde e tudo vai ficar bem, certo??!
Sorry girls… Não é assim q o organismo funciona
Mulheres q já tem sinais e sintomas claros de desequilíbrio (como esses problemas acima) dificilmente conseguem reestabelecer a saúde sozinhas pois precisam de tratamento específico e bem orientado – veja q estou falando de uma linha funcional e integral da medicina
Siga o padrão e terá um remédio p/um sintoma, enquanto usar o remédio o sintoma acaba ou melhora, mas a origem do problema continua lá
Pense no organismo integrado (exposição a poluentes que imitam ação hormonal, epigenética, nutrigenomica, alergias ocultas, hormônios desequilibrados p/mais ou para menos, stress, estilo de vida) e terá como resposta a saúde integral, o equilíbrio e, muitas vezes, até a cura absoluta do problema
Entendam que é impossível orientar um tratamento via web – e vamos combinar, q tipo de medico nem sequer conheceria sua cliente pessoalmente para fazer a avaliação individual e então planejar o tratamento
Qdo vc deseja alcançar um objetivo c/todas as suas forças, o universo conspira ao seu favor, e a chance de encontrar a solução p/seu problema aumenta exponencialmente
Acredite, pesquise, conheça tudo sobre sua condição de saúde (não precisa ser médico p/estudar por conta própria um pouco sobre o seu organismo) e faça um investimento no seu bem estar quando encontrar o profissional que está adequado as suas expectativas
O mundo só não é nosso porque estamos intoxicadas demais, sendo mutiladas e tratadas como números ou órgãos isolados. Nós merecemos muito mais”.
Post 2
By @dra.lidiabolfe “Somos levadas a crer que é absolutamente natural e até benéfico usar esse MEDICAMENTO POR TODA UMA VIDA
Na primeira cólica ou sangramento anormal, a adolescente ganha uma pílula pra “regular” o ciclo. Que ciclo? O sangramento das pausas não tem nada a ver com ciclo
Quem usa anticoncepcional HORMONAL esta fisiologicamente MENOPAUSADA e repondo hormônios
Deveria chamar menopausa induzida com reposição hormonal E você com medo de hormônio na menopausa pois aumenta câncer de mama mas já está usando isso desde os 18 anos, pois é…
QUALQUER tipo de contracepção hormonal bloqueia seus hormônios: pílula, adesivo, anel vaginal, injeção… até o mirena é capaz (depois explico)
Mas eu tomo uma bem fraquinha
Tão fraquinha que bloqueia 100% a base hormonal da função mais primordial do ser humano (procriar)
Com os ovários inibidos você fica só com os hormônios do remédio, que sequer são iguais aos que você produziria – não são iguais e não tem o mesmo efeito – é como abrir uma fechadura com a chave errada, por isso aquela bula gigante de efeitos colaterais
Pra piorar a proteína que liga aos hormônios sexuais (SHBG) aumenta muito tentando se livrar desses aliens, pena que ela se liga muito mais a testosterona e bloqueia sua ação ao invés de bloquear os aliens
Ainda bem que mulher não precisa de testosterona né!
Então pergunto: como pode ser saudável bloquear por anos a produção hormonal feminina, substituí-la por hormônios aliens e ainda anular a ação da testosterona?
E que tal oferecer aos homens esse método maravilhoso que reduz libido, que aumenta peso, pressão arterial, risco de câncer e coágulos que podem levar à morte. Com tanto prejuízo duvido que aceitariam. Pois as mulheres fazem isso sem sequer entender o risco ou analisar se estão perdendo algo essencial ao seu organismo
Detalhe: zero de testosterona na mulher significa doenças degenerativas, risco de osteoporose, baixa libido, flacidez, celulite, gordura localizada que não sai de jeito nenhum, anos de treino sem ganhar um grama de músculo
QUINTO: Video da Dra. Paula Leal, Endocrinologista, sobre Anticoncepcionais:
SEXTO: Charles Phillipe De Lucena Alves, graduando em Educação Física pela UNI – RN, compartilhou comigo suas considerações sobre SOP e exercícios físicos:
* Melhora na ovulação/função reprodutiva: Em um estudo realizado por Huber-Buchholz MM, Carey DG, Norman RJ, publicado no Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, observou-se uma melhora no perfil ovulatório após seis meses de exercício físico e dieta, com duas pacientes engravidando durante este período. – REF: Huber-Buchholz MM, Carey DG, Norman RJ. Restoration of reproductive potential by lifestyle modification in obese polycystic ovary syndrome: role of insulin sensitivity and luteinizing hormone. J Clin Endocrinol Metab. 1999;84(4):1470-4.
* Hoeger et al. observaram uma tendência clínica a uma maior frequência de ovulações regulares, documentadas pela excreção urinária de pregnanediol, nos grupos experimentais (dieta e exercício, metformina e combinação dos três) em comparação ao grupo controle, apesar da falta de significância estatística nesta comparação. Uma análise mais detalhada desse estudo revelou que o grupo de mulheres que perdeu 3% ou mais de massa corporal teve nove vezes mais chances de ovular regularmente, em comparação com o grupo que não atingiu essa perda relativa mínima de massa corporal (OR=8,9; IC95%=1,2-64,6). Ao associar essa abordagem ao uso de metformina, esse índice aumenta para 16 vezes (OR=16,1; IC95%=4,3-64,2). REF: Hoeger KM, Kochman L, Wixom N, Craig K, Miller RK, Guzick DS. A randomized, 48-week, placebo-controlled trial of intensive lifestyle modification and/or metformin therapy in overweight women with polycystic ovary syndrome: a pilot study. Fertil Steril. 2004;82(2):421-9.
* O estudo de Palomba et al. investigou de maneira mais específica os efeitos de um programa de exercício físico sobre os parâmetros reprodutivos de mulheres com SOP, analisando também esses dados em um grupo tratado apenas com dieta. Os resultados indicaram aumento da ciclicidade menstrual em ambos os grupos, sem diferença significativa. No entanto, a frequência de menstruações, isto é, a razão entre os fluxos menstruais observados e o número de fluxos menstruais esperados, foi significativamente maior no grupo que realizou exercícios (26,2% versus 15,3%). Além disso, após 24 semanas, tanto o índice de ovulação (número de ciclos ovulatórios/ número de ciclos observados) quanto o índice de ovulação cumulativo (pacientes ovulatórias/ número de pacientes) foram maiores no grupo que realizou exercício físico, em comparação ao grupo que seguiu apenas a dieta. REF: Palomba S, Giallauria F, Falbo A, Russo T, Oppedisano R, Tolino A, et al. Structured exercise training programme versus hypocaloric hyperproteic diet in obese polycystic ovary syndrome patients with anovulatory infertility: a 24-week pilot study. Hum Reprod. 2008;23(3):642-50.
* Um outro estudo realizado por Vigorito C et al., em 2007, publicado no Journal of Clinical Endocrinology and Metabolism, comprovou que, nas mulheres com SOP, a combinação de resistência à insulina e um fenótipo sedentário gera um perfil de risco cardiovascular ainda mais desfavorável. Essa combinação tende a aumentar o IMC, diminuir a capacidade cardiopulmonar, reduzir a aptidão física e aumentar o estado pró-inflamatório crônico. Assim, torna-se importante entender o papel do exercício na modulação desses aspectos. REF: Vigorito C, Giallauria F, Palomba S, Cascella T, Manguso F, Lucci R, et al. Beneficial effects of a three-month structured exercise training program on cardiopulmonary functional capacity in young women with polycystic ovary syndrome. J Clin Endocrinol Metab. 2007;92(4):1379-84.
Por fim, posso acrescentar que o conhecimento ainda é incipiente no que diz respeito à relação dose-resposta para obtenção desses benefícios, bem como no tocante ao tipo, intensidade, duração, frequência e progressão dos exercícios. O que parece ser um fato consolidado é a ampla utilização dos exercícios aeróbicos como base da prescrição de programas de treinamento para mulheres com SOP. Entretanto, já representa um grande avanço científico sabermos que a prática do exercício físico é benéfica em diversas situações.
E então? Ainda acredita que os anticoncepcionais são realmente necessários após analisar seu custo-benefício por meio de tantas evidências?
A reflexão agora é por sua conta. Tenha uma boa semana!