Vamos exercitar lógica em saúde?
1 – Se as partes menores do corpo humano, do cérebro ao dedão do pé, são células, quando elas adoecem, o corpo adoece.
2 – Para as células funcionarem, precisam de condições básicas (estas: icaro.med.br/12habitos), como manutenção e reparo constantes, oxigênio e nutrientes para isso (para serem usados na estrutura das partes das células e como combustíveis, para geração de energia: a maioria dos processos celulares demanda algum tipo de energia). Quando faltam nutrientes, portanto, é lógico assumir que isso leva a distúrbios, que o organismo manifesta como sintomas e doenças.
3 – Centenas de células diferentes pedem centenas de nutrientes diferentes que, idealmente, deveriam vir de uma boa alimentação. Entretanto, a OMS estima que quase 70% da população mundial se alimenta mal e, no Brasil, o IBGE estima que 90% da população brasileira se alimenta mal. Portanto, é razoável afirmar que o aporte diversificado de nutrientes da maior parte dos seres humanos seja insuficiente em quantidade e qualidade (pela alimentação ruim) – e já concluímos, logicamente, que a falta de nutrientes adoece (não é a única forma de adoecimento, mas, como já vimos, é um mecanismo importante na geração e agravação de doenças).
4 – Prevenir e tratar doenças, portanto, passa necessariamente por melhorar a chegada de nutrientes às células da maioria das pessoas, algo que elas podem aprender a fazer e executar sozinhas ou com o apoio de profissionais capacitados (geralmente os de saúde e, sobretudo, com o apoio de bons nutricionistas). Ser autodidata nesta área é difícil porque, hoje em dia, realmente é mais fácil obter conhecimento, mas a qualidade dele é frequentemente questionável, sobretudo por preconceitos, desatualização e até “interesses escusos” espalhados por aí, muitas vezes até por parte de entidades “oficiais”. Some-se a isso que, para o não profissional de saúde, na maioria das vezes, falta “bagagem” em termos de bioquímica, fisiologia, quais exames solicitar, como avaliá-los, como planejar/calcular e executar uma dieta, etc. Concordamos, pois, que para que os nutrientes cheguem adequadamente às nossas células (e assim possamos prevenir e tratar melhor as doenças), precisamos de acompanhamento por bons profissionais de saúde para isso (aqui o fundamental para você escolher bem – acesse: http://www.icaro.med.br/?s=bons+profissionais).
5 – Por que bons profissionais de saúde? Quatro motivos primordiais para você refletir:
✅ O bom aporte de nutrientes pode vir basicamente de boa alimentação (mais recomendado), boa suplementação (fórmulas que tragam os nutrientes) ou a combinação de ambos. O bom profissional de saúde saberá lidar com esta questão, quais demais profissionais pode recrutar para apoiá-lo nisso, fazer as alterações necessárias (na alimentação e/ou suplementação) e combinar com outros tratamentos – tudo visando nutrir adequadamente as células (ou elas adoecem, lembra-se?).
✅ A maior parte dos profissionais de saúde tem pouca ênfase, durante sua graduação, na importância de cada nutriente, interações entre eles, seu metabolismo, valores de real suficiência no organismo. Por isso, ou se atualizam em boas fontes após a faculdade ou não darão a devida importância à questão. Para médicos, o mais comum é uma formação clínica que prioriza “identificar a doença e prescrever os remédios para ela”; para os nutricionistas tradicionais, na parte clínica, há uma ênfase maior em suprir o básico ante padrões de suposta “normalidade”, que estão mais para aceitável do que ideal. E quem quer ter uma saúde apenas aceitável?
✅ Se seu profissional de saúde “faz a parte dele” mas ao menos indica o paciente para que a parte de Medicina Nutricional seja feita por um profissional competente e atualizado nisto, OK. Mas o que muitas vezes ocorre é o paciente chegar com sintomas, por exemplo, para um médico que vai buscar o “nome da doença” ante os sintomas informados e já prescrever um ou mais remédios que são algo “protocolares” para aquela doença, sem pensar muito nas condições básicas ou desequilíbrios de nutrientes que possam estar causando aqueles sintomas. Aí, o paciente sai do consultório mais comumente com remédios do que com orientações para melhorar seus hábitos, padrão alimentar e suplementação que, ante tudo o que foi exposto (fora situações de urgência/emergência), na maioria dos casos seriam adequados e suficientes para melhorar os sintomas/doenças e até curá-los. Por isso são comuns as recorrências de patologias e até seu agravamento: se a causa não é tratada e só os sintomas são “atenuados” ou bloqueados, o desequilíbrio continua evoluindo, agravando-se silenciosamente ou à medida em que o paciente “acostuma-se” a viver com vários sintomas.
✅ Lembre-se sempre que remédios são substâncias estranhas ao organismo (e, portanto, com maior facilidade de efeitos colaterais possíveis, sobretudo com o uso crônico) e foram feitos para auxiliar os processos de auto-cura do organismo, não para substituir a importância de nutrientes, suplementação, vitaminas e minerais.
6 – A lógica, portanto, pede que todo bom profissional de saúde, ao atuar sobretudo clinicamente, ao receber um paciente e consultá-lo atenta e detalhadamente, sempre entenda que seus distúrbios (sintomas e doenças) possivelmente têm em sua gênese (ou como fator mantenedor e agravante) distúrbios em nutrientes (mais comumente carências) e que o ideal seria cogitar seriamente corrigir as Condições Básicas e nutrir melhor e suplementar adequadamente (fora de situações de emergência e urgência) antes de prescrever remédios ou procedimentos específicos (ou pelo menos junto a isso) – isto reduziria bastante as consequências do uso abusivo de medicamentos, traria melhores resultados e até permitiria uma melhor prevenção de novas deteriorações da saúde, ao fortalecer o organismo que naturalmente tende a funcionar melhor quando recebe o básico necessário para isso.
7 – Por tudo isso, minha sugestão é que você escolha profissionais de saúde em geral para te acompanhar que tenham o mínimo de conhecimento do que expliquei acima, ao qual intitulo Medicina Nutricional, e que valorizem a prática disso junto a pacientes. E quando for escolher médicos e nutricionistas, de qualquer área clínica, acredito que tal cuidado seja ainda mais importante, visando melhores resultados para você e menos remédios (que, em alguns casos, podem até gerar efeitos ruins e reações de dependência). Expliquei acima, mas não custa frisar que a maioria das faculdades de Medicina ainda ensina demais a valorizar o diagnóstico e a prescrição do remédio certo, mesmo quando, em grande parte das vezes, o que você precisa mesmo são dos nutrientes e hábitos certos. Afinal, muitas vezes, sobretudo cronicamente:
- Dor muscular pode precisar mais de reposição de magnésio ou potássio do que de anti-inflamatórios;
- Mal funcionamento intestinal pode requerer mais água, fibras e probióticos do que laxantes;
- Alterações de glicemia podem precisar mais de cromo e vanádio do que de remédios antidiabéticos;
- Depressão pode responder melhor a ômega-3 do que a antidepressivos;
- Ansiedade pode responder melhor a GABA do que a calmantes;
- Cansaço pode responder mais a D-ribose do que a estimulantes;
- Imunidade pode responder mais a taurina e teanina do que a imunoestimulantes;
- O organismo pode combater melhor infecções com apoio de pantetina, complexo B e vitamina C do que com antibióticos;
- Memória e cognição podem responder melhor a complexo B do que a medicamentos para demência;
- Metabolismo pode responder melhor à reposição de vitamina D do que ao uso de sibutramina.
Não é que os remédios não tenham sua importância (por vezes, são fundamentais); é que, antes deles, muita coisa importante, como nutrientes, pode estar sendo esquecida por quem prioriza medicamentos e pouco ou nada conhece/valoriza a Medicina Nutricional. Pura questão de lógica, tudo isso, não? Reflita e beneficie-se.