Quem se alimenta realmente bem raramente precisa de suplementos. Quando precisa, é mais comum que seja por curtos períodos de tempo, ou seja, para atingir objetivos pontuais relacionados à saúde, composição corporal, produtividade, longevidade, entre outros.
No entanto, conheço pouquíssimas pessoas que se alimentam realmente bem, já que isso pressupõe, além de comer a cada 3 horas (como aprendi), práticas como ingerir pelo menos 5 porções de frutas, verduras ou legumes por dia, consumir pratos com alimentos de diversas cores, variar periodicamente o cardápio, entre outras ações.
Ou seja, sejamos práticos: o ideal mesmo é buscar sempre um bom e constante acompanhamento nutricional (competente de verdade; há muitos profissionais por aí disseminando informações equivocadas e ainda se passando por especialistas no assunto). Alimentar-se cada vez melhor deveria ser um objetivo constante, mas a verdade é que a maioria de nós passa uma vida inteira sem alcançar sucesso absoluto nesse aspecto!
Entretanto, embora concordemos que a maioria de nós não se alimenta realmente bem, é essencial entender que, ainda assim, nosso organismo tem demandas absolutas e diárias de água e diversos nutrientes (vitaminas, minerais, proteínas, gorduras, entre outros). Se esses nutrientes não vêm da alimentação, precisam necessariamente vir de outro lugar, certo? É exatamente nesse contexto que surge a necessidade de suplementação para a maioria das pessoas: ou você se alimenta realmente bem ou, com certeza, precisará de suplementos para fornecer ao organismo o que ele precisa para funcionar adequadamente, mas que não está sendo suprido pela nutrição; simples assim.
Porém, se você não suplementar da maneira correta, poderá enfrentar problemas. Suplementar corretamente pressupõe SEMPRE: escolher o suplemento certo para cada caso, na quantidade exata, de boa qualidade, com a dosagem adequada, pelo período correto e para a pessoa certa. Em outras palavras, se você não for um profissional de saúde competente nessa área, com experiência e estudo abundante e atualizado, é muito provável que não consiga acertar todas essas variáveis, tornando sua suplementação pouco eficaz, completamente ineficaz ou até mesmo prejudicial.
Por exemplo, polivitamínicos e poliminerais: os disponíveis no mercado nacional geralmente contêm “de tudo”, mas em quantidades clinicamente insuficientes e com matérias-primas de qualidade “não tão boa assim” (https://icaro.med.br/polivitaminicos). Sobre os importados, há vários de excelente qualidade (gosto muito dos da Optimum, GNC e LifeExtension), mas eles podem causar “excessos” no organismo, dependendo das particularidades de cada caso. Lembre-se de que o excesso de alguns nutrientes pode interferir na absorção de outros (por exemplo, o sódio pode reduzir o cálcio, e o ferro pode afetar o magnésio, entre outros).
Ou seja: ao usar um suplemento polivitamínico ou polimineral regularmente, você também passa a necessitar de acompanhamento contínuo para ajustar seu uso às necessidades do seu organismo. Caso contrário, o que era benéfico pode se tornar prejudicial.
De fato, o mesmo princípio se aplica a todos e quaisquer suplementos. É fundamental lembrar que quem faz uso de suplementos precisa de acompanhamento regular para garantir: “o suplemento correto para cada caso, na quantidade certa, de boa qualidade, na dosagem adequada, pelo período adequado e para a pessoa certa”.
Resumindo: ou você se alimenta realmente bem, sob bom e regular acompanhamento nutricional, ou precisará de suplementos. Nesse caso, o uso de suplementos deve ser prescrito e acompanhado regularmente por um profissional de saúde competente na área de suplementação, com experiência e conhecimento abundante e atualizado. Se você negligenciar essa orientação, é muito provável que acabe com resultados insatisfatórios ou até mesmo intoxicado a curto, médio ou longo prazo.
Não parece lógico? Pois é… Simples assim.