PCR – O que você precisa saber sobre este marcador/exame
Em dezembro de 2023, fiz uma série de posts no meu Instagram sobre o marcador/exame Proteína C Reativa (PCR):
POST 1:
- A PCR (Proteína C Reativa) é um marcador inflamatório, ou seja, uma proteína que se eleva no sangue em casos de inflamação em qualquer parte do corpo.
- No sangue, a PCR é uma das poucas dosagens onde “quanto mais baixo o resultado, melhor”.
- A dosagem da PCR é muito comum, inclusive em bons check-ups, e costuma ser autorizada pela maioria dos planos de saúde, sendo um exame barato e muito útil.
- Aqui estou falando da PCR = Proteína C Reativa, não do exame de PCR-RT que ficou conhecido na pandemia para “detectar o material genético do vírus”.
- Existem basicamente dois tipos de exame de PCR, o comum e o ultrassensível. A dosagem do PCR “comum” é melhor para detectar e acompanhar grandes inflamações, como as articulares, musculares, traumáticas, etc., pois pode não detectar inflamações com menores elevações de PCR, como as cardiovasculares, subclínicas, etc. Para estas, deve-se dosar a “PCR ultrassensível”. Por isso é muito importante que seu profissional de saúde especifique no pedido de exames qual PCR ele deseja.
- Por que na pandemia a dosagem de PCR foi tão útil e necessária? Porque a Covid é uma doença essencialmente inflamatória, acometendo o aparelho respiratório, cardiovascular, neurológico, a coagulação sanguínea, etc.
- Para avaliar melhor a inflamação, não basta dosar só a PCR. O ideal é avaliar também VHS, ferritina, fibrinogênio, homocisteína e até insulina e hemoglobina glicada (estas últimas, mais para inflamações crônicas). Há outros bons exames, mas são mais caros e menos autorizados por planos de saúde, como IL-1, IL-6, TNF-alfa, etc.
- A PCR é muito utilizada para acompanhar a síndrome metabólica e o risco cardiovascular de pacientes.
POST 2
- A Proteína C Reativa (PCR) é um marcador inflamatório encontrado no sangue, e a dosagem alta via PCR-ultrassensível está associada a mais doenças cardiovasculares, principalmente ateroscleróticas.
- A PCR é produzida no fígado, adipócitos (células de gordura) e no endotélio vascular (camada mais interna dos vasos sanguíneos, que fica em contato com o sangue) em resposta a inflamações ativas ou agudas. Em inflamações crônicas, sua elevação é discreta, às vezes até não significativa, e é regulada por IL-6, TNF-alfa e IL-1.
- Cheque seu exame de PCR-ultrassensível: quando o valor está na zona de “alto risco”, a chance de problemas inflamatórios/cardiovasculares duplica, em comparação ao exame com nível de “baixo risco”.
- Indivíduos portadores de síndrome metabólica, principalmente mulheres, com PCR elevada estão especialmente sob risco aumentado de problemas! A síndrome metabólica é caracterizada pela obesidade central (devido ao acúmulo excessivo de gordura abdominal), hipertensão arterial, diabetes (ou intolerância à glicose) e dislipidemia: níveis baixos de colesterol HDL e níveis elevados de triglicerídeos. (Texto via pesquisa no Google)
- O principal para baixar o PCR é abordar (resolver, se possível) as causas da inflamação. Mas vários “antiinflamatórios naturais” podem ajudar muito, como Omega 3, Vitamina C e TransResveratrol. (Aqui no www.icaro.med.br há links sobre tudo isto)
POST 3:
- Um dos fatores que mais eleva a PCR (Proteína C Reativa, um marcador inflamatório) na sociedade moderna é o excesso de gordura corporal, incluindo grande sobrepeso e obesidade. Isso ocorre porque a insulina, em níveis fisiológicos, é antiinflamatória, mas quando elevada, adquire ação pró-inflamatória. Isso também explica por que muitos diabéticos tipo 2 são mais propensos a inflamações, em geral
- Medidas naturais que podem reduzir a PCR incluem melhorar o estilo de vida (veja em https://icaro.med.br/12habitos/), praticar atividades/exercícios físicos regulares, reduzir ou cessar o consumo de álcool e tabagismo, emagrecer para reduzir os depósitos de gordura corporal, otimizar os níveis de insulina e adotar a dieta Mediterrânea, entre outras.
- Para meus pacientes, frequentemente prescrevo para ajudar a reduzir a PCR (e a inflamação) Vitamina C 500 mg (liberação lenta) 2 a 3 vezes ao dia, Ômega-3 1g 2 a 3 vezes por dia (em muitos casos, até mais) e o Trans-Resveratrol 150 mg 2 vezes ao dia (este também pode ser usado sublingual ou por via transdérmica, em dose menor). Várias outras substâncias com propriedades antiinflamatórias podem ser benéficas, como as encontradas no chá verde, açafrão, gengibre, própolis, etc.
- Quando há infecção juntamente com a elevação da PCR (algo frequente), a redução da PCR é um dos indicativos de sucesso de tratamento e bom prognóstico.
- A inflamação é uma das maiores causadoras ou agravantes de sintomas e doenças no mundo atual. Por isso, acredito que a dosagem da PCR ultrassensível deva estar presente nos exames laboratoriais regulares de todos os pacientes, inclusive nos bons check-ups.
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Baseado e inspirado no trabalho “Da Teoria às Formulações em Ortomolecular”, de Dr. Artur Lemos. Mais informações sobre ortomolecular podem ser encontradas em https://icaro.med.br/ortomolecular/.