Modulação hormonal – Questão de bom senso
(Estude o básico aqui: https://icaro.med.br/modulacao-hormonal/)
Alguns tópicos para você considerar (peço especial atenção, neste post, ao tópico 2):
1 – Por que o nome “modulação”
Porque muitas vezes corrigir hormônios pressupõe repor, mas outras vezes trata-se de reduzir a quantidade de um ou outro no organismo ou mesmo de dar condições e substâncias para que o próprio organismo produza ou corrija-os. Ou seja: quem trabalha bem com hormônios não visa só repor, mas, muitas vezes, estimular o próprio organismo a produzi-los corretamente!
2 – Receptores
Você pode estar inundado de hormônios: se não tem receptores onde eles possam encaixar-se e, assim, atuar, pode ter efeitos inferiores ou nem tê-los. Por isso, um mesmo “número” no resultado de um exame hormonal pode significar insuficiência para um paciente, suficiência para outro e até excesso para um terceiro (ou, em um mesmo paciente, em momentos diferentes da vida, pode significar essas três situações).
A quantidade de receptores disponíveis e efetivamente livres para “serem acoplados” aos seus respectivos hormônios pode variar bastante ao longo da vida (até pelos hábitos de vida do paciente, toxinas, disruptores endócrinos, entre outros), e não dá para medir isso por exames. Daí a necessidade de um médico experiente para saber relacionar bem o quadro clínico do paciente (e a sua evolução), seus hábitos de vida, suplementos ou medicamentos em uso e seus resultados de exames completos e, assim, inferir a quantidade e qualidade de receptores livres. Por isso, cada paciente é o conjunto do objetivo com o subjetivo, da teoria com a prática, do que pode ser medido e do que tem que ser inferido cuidadosamente, em benefício do paciente.
3 – Equilíbrio hormonal
Bons níveis de um ou outro hormônio não garantem saúde para ninguém. Nem estética ou qualquer outro bom resultado, saudável. Hormônios interagem entre si e com seu organismo como um todo, e é o equilíbrio de todos eles que traz saúde e resultados. Quem só avalia e trata um ou outro, quando há carências de vários outros, pode até prejudicar o paciente.
4 – Se níveis hormonais altos causassem câncer, infarto, derrame e outras doenças graves, entre 20 e 30 anos de idade a maioria de nós apresentaria esses problemas, já que, nessa fase, nossos hormônios usualmente atingem picos de produção e secreção. Mais uma vez, a chave de segurança não é o medo de modular hormônios, mas sim o receio de uma modulação incorretamente conduzida.
5 – Você não é só uma “tireoide ambulante”! Concorda?
Com frequência, atendo pacientes no consultório com inúmeras queixas que “ninguém resolveu” e, quando investigo, descubro que, às vezes, em décadas de acompanhamento em saúde, no quesito hormônios, só foram avaliados adequadamente os da tireoide!
Enfim, só alguns insights sobre o assunto… Comentários?
Entenda o básico sobre hormônios e como lidar corretamente com eles aqui:

Respostas de 2
Boa tarde, Dr. Ícaro!
Gostaria de saber quais são os níveis ótimos dos hormônios Estradiol, Progesterona, Testosterona total, Testosterona livre, SHBG e Globulina ligadora de hormônios sexuais, dosados no sangue para uma mulher de 69 anos, minha esposa.
Graças às seus vídeos no YouTube aqui em casa aprendemos a cultivar a verdadeira saúde. Continue sempre com suas lives maravilhosas.
Que Deus abençoe ao senhor e toda a sua família! Fiquem com Deus!
Desde já, agradeço pela atenção!
Obrigado
Ademir
Muito obrigado pela confiança e fico feliz que meu material esteja ajudando MAS os “níveis ótimos” variam muito de um paciente para o outro, como explico nos materiais em http://www.icaro.med.br/Hormonios e http://www.icaro.med.br/Menopausa, variando de acordo com o laboratório em questão, hábitos de vida, sintomas, etc. – Boa semana e fiquemos com Deus