Muitos acham que basta ir ao médico e ir falando suas queixas (pelo menos as que são lembradas no momento da consulta) para que ele rapidamente chegue a um diagnóstico e prescreva um tratamento. Ledo engano… Afinal, se todos nós buscamos bons conselhos e condutas que levem a ótimos resultados, um tratamento de sucesso precisa ser o mais acertado e factível ante as necessidades individuais de cada paciente; para ser acertado, entretanto, precisa estar embasado em hipóteses diagnósticas adequadas; e estas somente são possíveis quando os dados a que o médico tem acesso são de qualidade: completos, detalhados e confiáveis. De onde vêm estes dados? Parte do exame físico do paciente (quando aplicável e na medida do necessário), parte provém dos exames complementares mas, sem sombra de dúvida, a parcela mais importante vem do relato do paciente (por vezes também dos seus acompanhantes), da história que ele conta para o médico. E é claro que existem bons e maus profissionais em qualquer área (mais ou menos disponíveis, mais ou menos interessados em você, mais ou menos “apressados”, mais ou menos capazes nas suas áreas, mais ou menos humanos e mesmo mais ou menos felizes com o que fazem – Um pouco mais sobre isso e questões afins em: http://www.istoe.com.br/reportagens/182300_A+PRAGA+DAS+CONSULTAS+A+JATO?pathImagens=&path=&actualArea=internalPage), pacientes que informam melhor ou pior e mesmo exames de maior ou menor qualidade/adequação a cada caso mas um ponto é unânime e decisivo em toda esta questão: é a qualidade da informação o fator crucial para o sucesso do seu tratamento, em beneficio da sua Saúde!
Assim sendo, forneço a seguir algumas dicas para que você possa tornar sua consulta mais produtiva e, dessa forma, ajudar o seu médico a te ajudar com a sua saúde:
Conheça seu profissional de saúde
Converse com quem já consultou com ele, pegue informações, busque na internet… E se ele tiver material publicado ou mesmo um site, leia mais sobre como ele trabalha, seus artigos, suas ideias e mesmo condutas.
No meu caso, brinco com meus pacientes que a maioria nem precisaria ter consultado presencialmente se tivesse lido e seguido direitinho as orientações nas dezenas de artigos em Saúde gratuitamente disponíveis para consulta no meu site www.icaro.med.br
Anote suas queixas e leve suas anotações para a consulta
Não confie apenas na sua memória, pois certamente você vai esquecer de relatar muita coisa importante no momento da consulta. Procure dividi-las, por exemplo, entre as mais e menos importantes, mais e menos atuais e em ordem cronológica de aparecimento; e, claro, fatores de melhora e de piora são sempre importantes.
Leve seus exames mais recentes
Isso poupa tempo e pode tornar menos “novos exames” necessários, adiantar a prescrição e melhor orientar a conduta.
Leve seus medicamentos/suplementos
Leve-os ou pelo menos seus rótulos, ou ainda os nomes, dosagens e formas de uso.
Fale tudo e tire todas as suas dúvidas
Embora seja possível o contato posterior via e-mail, telefone, redes sociais e similares, o melhor momento para relatar e tirar dúvidas é durante a consulta; portanto, pergunte e discuta.
Retorne
Um tratamento pressupõe acompanhamento, e isso é impossível se você não volta ao médico para dizer-lhe como ficou, como está. Basicamente, leve anotados: o que você fez (sobre o que foi orientado), o que melhorou, o que piorou, o que ficou igual e relatos de sintomas novos – e os resultados dos exames complementares que foram solicitados.
Se não puder comparecer, avise ou desmarque
Se seu profissional é tão bom assim, acredite: outros pacientes poderiam se beneficiar da vaga que você não poderá mais ocupar naquele momento.
Em boa parte, acredito que o conteúdo deste artigo refira-se à avaliação clínica pormenorizada por parte dos profissionais de saúde em geral.
E por tudo isso: Saúde! Abraço,
Dr. Ícaro Alves Alcântara