Muitos acham que basta ir ao médico e ir falando suas queixas (pelo menos as que são lembradas no momento da consulta) para que ele rapidamente chegue a um diagnóstico e prescreva um tratamento. Ledo engano… Afinal, se todos nós buscamos bons conselhos e condutas que levem a ótimos resultados, um tratamento de sucesso precisa ser o mais acertado e factível ante as necessidades individuais de cada paciente; para ser acertado, entretanto, precisa estar embasado em hipóteses diagnósticas adequadas; e estas somente são possíveis quando os dados a que o médico tem acesso são de qualidade: completos, detalhados e confiáveis.
De onde vêm esses dados? Parte do exame físico do paciente (quando aplicável e na medida do necessário), parte provém dos exames complementares, mas, sem sombra de dúvida, a parcela mais importante vem do relato do paciente (por vezes também dos seus acompanhantes), da história que ele conta ao médico.
E é claro que existem bons e maus profissionais em qualquer área (mais ou menos disponíveis, mais ou menos interessados em você, mais ou menos “apressados”, mais ou menos capazes nas suas áreas, mais ou menos humanos e mesmo mais ou menos felizes com o que fazem), pacientes que informam melhor ou pior e mesmo exames de maior ou menor qualidade ou adequação a cada caso. Mas um ponto é unânime e decisivo em toda esta questão: é a qualidade da informação o fator crucial para o sucesso do seu tratamento, em benefício da sua saúde!
Assim sendo, forneço a seguir algumas dicas para que você possa tornar sua consulta mais produtiva e, dessa forma, ajudar o seu médico a cuidar melhor da sua saúde:
✅ Conheça seu profissional de saúde
Converse com quem já consultou com ele, busque informações, pesquise na internet… E, se ele tiver material publicado ou mesmo um site, leia mais sobre como trabalha, seus artigos, suas ideias e condutas.
No meu caso, costumo brincar com meus pacientes que muitos nem precisariam ter consultado presencialmente se tivessem lido e seguido direitinho as orientações nas dezenas de artigos sobre saúde gratuitamente disponíveis no meu site https://icaro.med.br/
✅ Anote suas queixas e leve suas anotações para a consulta
Não confie apenas na memória, pois certamente você vai esquecer de relatar muita coisa importante no momento da consulta. Procure dividi-las, por exemplo, entre mais e menos importantes, mais e menos atuais e em ordem cronológica de aparecimento. E, claro, fatores de melhora e de piora são sempre relevantes.
✅ Leve seus exames mais recentes
Isso poupa tempo e pode tornar menos necessários novos exames, adiantar a prescrição e melhor orientar a conduta.
✅ Leve seus medicamentos e suplementos
Leve-os ou, pelo menos, os rótulos, ou ainda os nomes, dosagens e formas de uso.
✅ Fale tudo e tire todas as suas dúvidas
Embora seja possível o contato posterior por e-mail, telefone, redes sociais e similares, o melhor momento para relatar e esclarecer dúvidas é durante a consulta. Portanto, pergunte e discuta.
✅ Retorne
Um tratamento pressupõe acompanhamento, e isso é impossível se você não volta ao médico para dizer como ficou e como está. Basicamente, leve anotados: o que você fez (sobre o que foi orientado), o que melhorou, o que piorou, o que permaneceu igual e relatos de sintomas novos – além dos resultados dos exames complementares que foram solicitados.
✅ Se não puder comparecer, avise ou desmarque
Se seu profissional é tão bom assim, acredite: outros pacientes poderiam se beneficiar da vaga que você não poderá ocupar naquele momento.
Em boa parte, acredito que o conteúdo deste artigo se refira à avaliação clínica pormenorizada por parte dos profissionais de saúde em geral.
E, por tudo isso: saúde!
Abraço,
Dr. Ícaro Alves Alcântara