Você tem um Mercedes último tipo, novo, caro, um excelente carro. Você cuida bem dele, certo? Aposto que sim:
- Revisões? Só na própria Mercedes, pelo menos até o fim da garantia, e depois, só no melhor mecânico de confiança que você consiga.
- Se precisasse de reparos ou de peças, você gostaria das melhores disponíveis no mercado e, se possível, originais de fábrica da própria Mercedes, não é? Afinal, encaixam e funcionam melhor e têm garantia!
Pois é, mas…
Seu carro quebra por um acidente onde você não teve culpa, por exemplo, um buraco não visto na pista ou alguém que bateu nele no trânsito, e agora precisa de peças. Seu bom mecânico te dá as opções:
- Ou você compra as peças originais da Mercedes, um pouco mais caras que as “similares”.
- Ou você compra “similares” de outros fornecedores, mais baratas, mas cuja garantia de encaixe e funcionamento é somente a que eles te dão. Assim, “vai na confiança” e, muitas vezes, sob estresse, as peças acabam falhando ou nem encaixam e funcionam direito.
Pois com seu organismo também é assim: quando ele precisa de reposição hormonal, só pode ter bons resultados mesmo com doses adequadas de hormônios “idênticos” aos que ele produz regularmente, os chamados bioidênticos. Isso porque quando o hormônio é bioidêntico, ele tem encaixe perfeito no receptor, por ter molecularmente a mesma estrutura do seu hormônio natural, e por isso o organismo não o interpreta como uma substância estranha que deva ser combatida e mesmo neutralizada pelo fígado, sobrecarregando-o com o uso constante. Em outras palavras, a aceitação pelo organismo, metabolismo e efeitos dos bioidênticos são incontestavelmente melhores!
Abaixo, o post que fiz há alguns meses atrás, que ajuda na melhor compreensão do assunto: Como sempre digo, modulação/reposição hormonal é “questão de bom senso”:
1 – Por que o nome “modulação”? Porque muitas vezes corrigir hormônios pressupõe repor, mas outras vezes trata-se de reduzir a quantidade de um ou outro no organismo, ou mesmo de dar condições/substâncias para que o próprio organismo os produza ou corrija. Ou seja: quem trabalha bem com hormônios não visa só repor, mas sim muitas vezes estimular o próprio organismo a produzi-los corretamente!
2 – Receptores: Você pode estar inundado de hormônios. Se não tem receptores onde estes possam encaixar-se e atuar, pode ter efeitos inferiores ou nem tê-los!
3 – Equilíbrio hormonal: Bons níveis de um ou outro hormônio não garantem saúde para ninguém, nem estética ou qualquer bom resultado saudável. Hormônios interagem entre si e com seu organismo como um todo, e é o equilíbrio de todos eles que traz saúde e resultados. Quem só avalia e trata um ou outro, quando há carências de vários outros, pode até prejudicar o paciente.
4 – Se níveis hormonais altos causassem câncer, infarto, derrame e outras doenças graves, entre 20 e 30 anos de idade a maioria de nós apresentaria estes, já que nesta fase nossos hormônios usualmente atingem picos de produção e secreção. Mais uma vez, a chave de segurança não é o medo de modular hormônios, mas sim de uma modulação incorretamente conduzida.
5 – Você não é só uma “tireoide ambulante”! Concorda? Com frequência, atendo pacientes em consultório com inúmeras queixas que “ninguém resolveu”, e quando investigo, descubro que o paciente, às vezes em décadas de “acompanhamentos em saúde”, no quesito hormônios, só teve avaliados direito os da tireoide!
Boa semana!
Dr. Ícaro Alves Alcântara
Lembrando, como sempre digo, é impossível ter uma produção e funcionamento hormonal adequados sem, antes de mais nada, bons hábitos de vida. Para mais informações, acesse: http://www.icaro.med.br/hormonios.