A maior “doença” que temos atualmente, com vários fatores causais/agravantes possíveis e várias manifestações sintomáticas diferentes, é a inflamação:
Toda vez que alguma parte do nosso corpo é “atacada”, ameaçada ou lesionada, ela se torna inflamada para proteger-se e reparar-se.
E, fora as inflamações localizadas em regiões específicas que foram afetadas localmente apenas (por exemplo, um joelho se inflama localmente quando sofre um trauma, como uma pancada), toda inflamação mais importante torna-se sistêmica, já que o local inflamado produz mediadores inflamatórios (substâncias químicas que sinalizam o processo de inflamação, localmente e à distância, quando viajam pelo sangue) que podem até inflamar outros tecidos; nestes casos, quem exatamente vai ficar inflamado depende de tendências genéticas de fragilidade de órgãos e tecidos (lembram-se que “a corrente sempre arrebenta nos elos mais fracos”?) ou serão aqueles que já estão mais fracos, lesionados, intoxicados ou “mal cuidados”. Há também a “inflamação crônica subclínica”, onde o organismo está inflamado como um todo, sistemicamente, mas em um grau mais baixo, ainda que lesivo e constante, algo pouco diagnosticado pelas interpretações convencionais de exames básicos. O que mais cronicamente nos inflama são erros alimentares frequentes, hábitos de vida ruins, intoxicações constantes (e falta de desintoxicação periódica adequada), uso de muitos remédios, infecções mal tratadas (não curadas), estresse e fatores similares de agressão, constantemente agindo sobre nós. Nesta inflamação, os órgãos que vão manifestá-la são aqueles mais fracos, o que varia muito de uma pessoa para a outra.
Observe, portanto, que três pessoas com a mesma doença podem tê-la por causa da inflamação causada e sustentada por três fatores diferentes: por exemplo, três pacientes com sinusite podem apresentá-la por “motivos” diferentes: um toma pouca água, o outro esteve resfriado por longo período, e outra pessoa dormiu no mesmo quarto que alguém com sintomas (tosse, espirro e febre).
E três pessoas expostas ao mesmo fator nocivo adoecerem de três formas diferentes: por exemplo, três pacientes que “malharam demais” (exercício físico excessivo) podem, horas a dias depois, apresentar distúrbios diferentes: um com dores pelo corpo, outro com queda da imunidade, e outra pessoa com grande cansaço/sonolência.
Ou seja, parece-me absurda esta cultura geral de, clinicamente, tratar as pessoas sempre por rótulos, o que faz com que toda “ITE” tenha um protocolo fixo de tratamento, como se toda “fibromialgia” fosse igual e merecesse o mesmo kit, crônico, de medicamentos, independentemente do paciente e suas formas específicas de adoecer – e para toda a vida, já que o tratamento não visa a cura ou abordar causas, mas sim tratar sintomas já que é assumido, erradamente, que seja doença crônica, incômoda mas “incurável”. E o mesmo para enxaquecas, ites, doenças crônicas, etc.
Seja tratado direito e, a partir de hoje, leve em consideração sua inflamação, para ter mais sucesso nos tratamentos e cuidados com a sua saúde! E sugiro que escolha profissionais de saúde que saibam de tudo isto e valorizem estes “detalhes” tão importantes!
🔗 Sobre inflamação crônica subclínica: https://www.facebook.com/icaro.aa/posts/991947354228873
🔗 Melhore já seu Estilo de Vida, seus hábitos: www.icaro.med.br/movimento11
🔗 Sinusite – http://www.icaro.med.br/sinusite
É claro que condições de urgência/emergência são exceções porque nestas a prioridade é eliminar ou atenuar rapidamente o fator que está colocando a vida do paciente em risco.