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Por Dra. Denise de Carvalho
LEITE. Ele é mesmo essencial na alimentação saudável?
Vou dar a minha opinião, como gastroenterologista, que, obviamente, não é absoluta, e o assunto é muito controverso. Por que eu não recomendo aos meus pacientes o consumo do leite?
O leite não é essencial para adultos. Inclusive, já foi retirado da pirâmide alimentar publicada por Harvard. Pesquise no Google e você verá. Vamos a alguns fatos que precisam ser considerados:
✅ Substâncias injetadas nas vacas para aumentar a produção do leite, conhecidas como RBGH (hormônio do crescimento sintético recombinante), também são secretadas no leite e vão direto para o seu estômago. Estão associadas ao aumento de câncer de mama, leucemia e puberdade precoce em crianças.
✅ O RBGH diminui a resistência da vaca a infecções, sendo necessário o uso de antibióticos que, novamente, não diminuem a produção de leite e acabam indo para o trato gastrointestinal de quem consome, alterando a microbiota intestinal.
✅ A alimentação da vaca, também para aumentar a produção de leite, é baseada em grãos, em sua maioria geneticamente modificados (soja e milho), o que também altera a microbiota intestinal.
✅ A proteína do leite é muito alergênica e pode causar a perda da integridade da barreira intestinal, conhecida como leaky gut, assim como a disbiose.
✅ O desequilíbrio da metalioneína, uma proteína dependente do zinco por susceptibilidade genética (mais frequente do que imaginávamos), causa, entre outras coisas, má digestão da caseína do leite e do glúten, gerando a chamada caseomorfina, um peptídeo que mimetiza os efeitos das drogas opiáceas, como a morfina.
‼ Dessa forma, o leite pode causar dependência! Quanto mais você não deve consumi-lo, mais você quer! ‼ Ele dá sensação de bem-estar, mas pode afetar a aprendizagem, a interação social e as funções motora e sensorial. Quem adora leite já tentou ficar sem ele? É difícil! Eu mesma já fui dependente, mas me livrei.
Portanto, você quer tomar leite? Se sua resposta for sim, procure leite de vacas que pastam e não recebem hormônios e antibióticos. Tenha consciência de suas escolhas.
Sugiro a leitura do livro Alimentação e Distúrbios do Comportamento, de Denise Carreiro.