MITO: se seus exames estão dentro dos “valores de referência” do laboratório (aqueles que vêm escritos ao lado de cada resultado), você está “normal”. Isto não é correto!
1. Estar “normal”, “aceitável” é diferente de estar realmente bem, ótimo ou no seu melhor (dentro do fisiológico) – cada pessoa tem seus valores ideais!
2. Todo exame deve ser correlacionado com os hábitos de vida e queixas do paciente; afinal, quão normal está um paciente que tem sintomas incômodos apesar de “nada nos exames” (como muitos profissionais falam)?
3. Os níveis tidos como “normais” para alguns exames são simplesmente absurdos! Por exemplo, o que é tido como “aceitável” para o hormônio SDHEA, para mulheres, é um mínimo de cerca de 40 e “máximo” de 430 (para o laboratório em questão), o que é simplesmente um intervalo amplo demais! Ou você acha mesmo que alguém com SDHEA de 50 estará tão bem quanto alguém com SDHEA de 420?
4. Seus resultados são realmente normais, ideais ou os parâmetros que seu profissional de saúde tem é que estão “equivocados”? Por exemplo, em várias partes do mundo muda o que é aceitável em termos de TSH: na Austrália e em vários países da Europa, o que é tido como ideal é estar abaixo de 2. Nos EUA, abaixo de 3 mas no Brasil absurdamente considera-se TSH “normal” abaixo de 4,7!
Ou seja, uma pessoa pode ter hipotireoidismo e receber tratamento para tal se tiver TSH de 4 na maior parte do mundo, mas no Brasil pode ser considerada “normal” e sequer receber o importante e necessário tratamento, que ajuda a trazer bem-estar.