Os SARMs (Moduladores Seletivos de Receptores Androgênicos), são substâncias químicas que exercem seus efeitos ligando-se aos receptores androgênicos de diversos tecidos do corpo de maneiras diferentes, estimulando ou inibindo-os. Eles não são hormônios, mas substâncias que têm efeitos parecidos a muitos deles, potencialmente fornecendo benefícios anabólicos quando utilizados adequadamente, mas com menor ou até nenhuma tendência aos efeitos colaterais indesejados de produtos hormonais. É claro que os resultados variam individualmente por uma série de fatores.
Foram “inventados” e estudados desde a década de 40, inicialmente objetivando ajudar no tratamento das limitações funcionais relacionadas ao envelhecimento, doenças crônicas, facilidade de quedas e fraturas, caquexia associada ao câncer e osteoporose (vide estudo: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2907129/).
Atualmente, exibem várias aplicações clínicas possíveis cientificamente comprovadas (vide estudo: https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed/30503797), entre elas tratamentos com melhores resultados em casos envolvendo Alzheimer, emagrecimento, energia e fadiga mitocondrial, fertilidade, função erétil, hiperplasia prostática benigna, hipogonadismo, libido, massa muscular e óssea, osteoporose e recuperação de lesões (etc.).
Os SARMs têm sido cada vez mais estudados e utilizados em diversas áreas médicas, como Urologia, Endocrinologia e Ortomolecular. No último Congresso desta, pelo menos quatro palestrantes abordaram o tema, com resultados usualmente positivos e cada vez mais promissores, quando bem utilizados, é claro.
Em consultório, já prescrevo alguns deles, quando indicados, regularizados no Brasil (Andarine, Ibutamoren, Ligandrol, Ostarine, Stenabolic, YK11), usando por ciclos de no máximo 60 dias e com 8 semanas de intervalo, conforme os protocolos e estudos orientam. Os resultados têm sido em geral bons, sempre junto a bons hábitos de vida e o que explico em www.icaro.med.br/SAUDE, e complementam bem as abordagens Integrativa e Ortomolecular em Medicina.