- Recebo muitas perguntas sobre o tema e por isto gravei esta Live, esperando ajudar vocês;
- O diagnóstico de Fibromialgia é muito mais frequente que a quantidade de “casos reais” da mesma;
- 1 em cada 30 pessoas apresenta o distúrbio, sobretudo mulheres – também cada vez mais crianças e adolescentes;
- Muitos mitos no assunto, em grande parte provenientes dos próprios profissionais de saúde que “tratam-na”;
- Tratar fibromialgia realmente com sucesso, eficácia e humanidade junto ao paciente é muito mais que só prescrever mero “kit de medicamentos” e dizer para os pacientes acostumarem-se, “que é pra vida inteira”;
- NÃO há exames complementares objetivos para diagnostica-la: ou seja, depende em muito de quem a diagnostica para ser cogitada e tratada adequadamente
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Alguns tópicos importantes para você conhecer, pensar e até aplicar sobre FIBROMIALGIA:
– O que é:
A Fibromialgia é uma desordem neurosensorial, é uma síndrome clínica que se manifesta, principalmente, com dor no corpo todo. Muitas vezes fica difícil definir se a dor é nos músculos ou nas articulações. Os pacientes costumam dizer que não há nenhum lugar do corpo que não doa. Junto com a dor, surgem sinto- mas como fadiga (cansaço), sono não reparador (a pessoa acorda cansada, com a sensação de que não dormiu) e outras alterações como problemas de memória e concentração, ansiedade, formiga- mentos/dormências, depressão, dores de cabeça, tontura e alterações intestinais, urinarias e de peso. Uma característica da pessoa com Fibromialgia é a grande sensibilidade ao toque e à compressão de pontos nos corpos.
– Causa: “a dor na Fibromialgia é causada por uma amplificação dos impulsos dolorosos, como se a pessoa tivesse um “controle de volume” desregulado”
CAUSA EXATA ainda desconhecida mas estudos mais recentes indicam alterações na secreção de serotonina, noradrenalina e endorfinas e aumento na secreção/atuação de neurotransmissores que promovem/aumentam/potencializam a condução dos estímulos de dor. Outros estudos parecem apontar para algo nas mitocôndrias, na síntese de antioxidantes primordiais para o metabolismo da glicose (incluindo CoenzimaQ10) e assim fabricação do ATP e a falta de energia afeta bastante os tecidos conectivos, sobretudo os de alta demanda energética, como musculares, sobretudo nos pontos de mais tensão (tendões e músculos de maior uso/tensão)
– Entenda: a dor NÃO é frescura MAS o paciente não deve só, meramente, “acostumar-se” com ela!
– Erro comum na Internet e nos consultórios: cogitar que a relação da fibromialgia com fatores psicológicos é fraca ou inexistente… Absurdo! Entenda: Não existe ainda uma causa definida, mas há algumas pistas de porque as pessoas têm Fibromialgia. Os estudos mostram que os pacientes apresentam uma sensibilidade maior à dor do que pessoas sem Fibromialgia. Na verdade, seria como se o cérebro das pessoas com Fibromialgia interpretasse de forma exagerada os estímulos, ativando todo o sistema nervoso para fazer a pessoa sentir mais dor. A Fibromialgia também pode aparecer depois de eventos graves na vida de uma pessoa, como um trauma físico, psicológico ou mesmo uma infecção grave (ou seja STRESS, incluindo psicológico).
- NÃO causa deformações ou incapacidades mas NÃO é “imaginária” mas tem grande componente psicológico, de ansiedade e/ou depressão associado (pode ser que a queda nos neurotransmissores seja “causa comum” tanto à ansiedade/depressão quanto à “fibromialgia”).
- Serotonina, noradrenalina e endorfinas estão alterados, sobretudo “para baixo” em tudo isto
– O que mais vejo no consultório (eu, Icaro Alves Alcantara, médico):
> Pergunte-se se você realmente “tem” fibromialgia, “está com” fibromialgia ou sente sintomas compatíveis com o diagnostico (muitas vezes sem te-lo?)
> Parece que a Fibromialgia está 100% relacionada a formas individuais de manifestação de stress (válvulas de escape – calcanhares de Aquiles de algumas pessoas)
> Sempre há grande componente emocional associado
> Parece ser mais um sintoma de um distúrbio de base que uma doença em si (mais que meramente desordem na serotonina ou outros neurotransmissores)
> O que parece mesmo é que “ALGO” causa os sintomas que são agrupados pelo nome “sindrômico” de fibromialgia MAS o que não garante real boa-abordagem do quadro clínico
> Algumas pessoas realmente são hipersensíveis a dor cronicamente e parece que geneticamente (“de nascença”) MAS não tenho visto como a maioria dos que chegam ao consultório demandando alívio na questão.
> TODOS os pacientes que melhoram estes fatores melhoram significativamente os sintomas ou até “curam-se” (ou remissão total dos sintomas, como queiram chamar) – parece que fazer o organismo funcionar sob menor stress, orgânico e psicoemocional, naturalmente é o melhor tratamento e até cura para a fibromialgia:
– Hábitos de vida (www.icaro.med.br/12Passos)
– Não dorme direito? Piora! Menos relaxamento muscular, menos síntese de neurotransmissores, …
– Quantidade de stress e como lidam com eles
– Neurotransmissores e hormônios (estes afetam aqueles) – não basta tomar remédios que usem melhor o estoque atual… Dar nutrientes e condições para o organismo produzir mais e melhor e lidar melhor com eles!
– Desintoxicar (incluindo metais tóxicos, quando necessário)
– EXERCÍCIO FÍSICO REGULAR, citado até pelos médicos mais tradicionais como fundamental para o controle e tratamento
– Meditação
– Correção de alterações de exames (e otimização destes) caso ainda persistam sintomas após corrigir tudo acima
- E, fundamentais: www.icaro.med.br/5Fatores , www.icaro.med.br/DEGRAUSDASAUDE e www.icaro.med.br/60Dicas
*** Fibromialgia pode, muito frequentemente, ser estado transitório (“calcanhar de Aquiles” do paciente) e não condição crônica para a vida inteira!
– Quem pode diagnosticar e tratar: não só Reumatologistas!
Busque profissionais que vão além de só passar antidepressivos, relaxantes musculares, calmantes e/ou analgésicos mas nada fazem para melhorar/impedir progressão ou investigar causas-base, que não valorizem o contexto e demais fatores que afetam:
– Há com freqüência papel importante de outros hormônios: Testosterona e GH (afetam músculos e articulações, sua força, regeneração, etc), progesterona (anti-inflamatório natural), DHEA (modulador do sistema imunológico, anti-inflamatório atual e ajuda na produção de neurotransmissores e endorfinas), baixo cortisol, hipotireoidismo de T4 e/ou T3.
– Inflamação crônica tem que ser reduzida pois causa ou agrava os sintomas – Tudo que te inflama, piora o quadro (gluten, leite, açúcar, hábitos ruins, etc)
– Remédios podem causar: Por exemplo as estatinas
– Exames para diagnostico – ESPECIFICOS, NÃO HÁ!
*Palpar um monte de pontos de dor no corpo: várias condições, incluindo psicoemocionais, cursam com dores generalizadas!
> Termografia é exame que pode ajudar mas não é específica e amplamente aceita pelos profissionais de saúde maistradicionais
– Homeopatia e acupuntura costumam ajudar!
– Componente genético existe mas não é tão forte assim: genética é tendência e não sentença.
>>> Estar positivo, AJUDA – Negatividade agrava os sintomas! (Achei interessantes estas palavras de um Reumatologista conhecido). Ou seja, o status mental do paciente é importante fator causal ou agravante
– MITO, na minha opinião: “Não existe cura para a Fibromialgia mas não é uma doença progressiva” – “A Fibromialgia não deve ser encarada como uma doença que necessita de tratamento, mas sim como uma condição clínica que requer controle”. Como eu disse, MITO: vejo regularmente pessoas que efetivamente melhoram e nunca mais apresentam a “doença”.
- Tratamento convencional (NÃO age nas causas e costuma não abordar todos os sintomas ou não ter muita eficácia – muitas vezes com necessidade de aumentos de dose frequentes – potencial de dependência):
- Analgésicos
- Remédios para dormir
- Antiinflamatórios
- Antidepressivos
- Botox
- Relaxantes musculares
- Anticonvulsivantes
- TRATAMENTO básico que observo que “mais funciona” na maioria dos casos (avalie junto aos seus profissionais de saúde de confiança, competentes e atualizados):
- Otimizar hábitos de vida é o mais importante
- Identificar desbalanços de vitaminas e minerais e corrigi-los
- Desintoxicar e desinflamar
- Otimizar neurotransmissores e hormônios
- Corrigir alterações de exames (as verdadeiras e que persistam APÓS corrigir os pontos acima)
- REDUZIR STRESS e lidar melhor com ele
- Acupuntura, meditação, yoga, tai-chi, hidroterapia
- EXERCICIO FISICO REGULAR é IMPORTANTE
- Magnésio (carência comum na população geral)
- Melatonina
- SAMe
- D-ribose
- Chlorella
- 5-HTP
- Coenzima Q10
- Acetil-L-carnitina
- Omega-3
- Vitamina D3
- SOD, enzima antioxidante geralmente com menores níveis em pacientes com fibromialgia
- Vitaminas A, C, E e zinco (checar se há carências, comuns)
- Vitaminas do complexo B
- NADH (que ajuda a reciclar a CoQ10)
- Probioticos (já que disbiose intestinal piora absorção de nutrientes e produz mediadores pró-inflamatórios)
Entendido?
***Minha sugestão final: Realmente sugiro que você busque profissionais de saúde para te acompanhar que valorizem estes pontos, citados acima e:
www.icaro.med.br/DegrausDaSaude
#PenseNisso.
Boa semana!
(Página atualizada em Março/2018)